Relatório Anual 2004 - Telefonica

302 | Telefónica, S.A. | Relatório anual 2004
dos clientes. A política de contenção de gastos foi a tônica
geral do exercício, com a qual foi possível frear a queda do
EBITDA (-3,6%). Os usuários de banda larga, um dos
principais focos dos negócios, superaram os 200.000 em
2004, o que permitiu que a CTC mantivesse-se como líder no
mercado.
A Telefónica do Peru continuou com a comercialização dos
planos tarifários lançados em março de 2003 como resposta ao
projeto de lei sobre a eliminação da renda-básica (depois foi
declarado inconstitucional). Desta forma, o exercício de 2004 foi
encerrado com um total de 639.770 migrações e 576.146 novas
adesões de maneira que no final do ano a planta associada aos
planos represente 50,4% do total contra 36,6% de 2003. Mesmo
assim, os negócios de Longa Distância continuaram afetados
pela agressividade da concorrência que obrigou a redução
significativa da tarifa média e pela obrigatoriedade
estabelecida pelo órgão regulador de proporcionar informação
dos clientes a todas as outras operadoras de longa distância. A
banda larga revolucionou o ano de 2004, dobrando os números
de usuários até superar 205.000 linhas.
As receitas operacionais diminuíram em -1,1% apesar do
EBITDA ter crescido 0,9% graças a política de contenção de
custos.
Telefónica Empresas América (TEA) pertence a um segmento de
empresas com presença no Brasil, Argentina, Chile, Peru,
Colômbia, México e EEUU. Em 2004, consolidou-se a melhora
na eficiência, acompanhada de um sólido crescimento. As
receitas operacionais alcançaram 467,7 milhões de euros, o que
representa um aumento de 5,4% com relação ao exercício
anterior e 11,2% desconsiderando os efeitos da variação cambial.
O EBITDA cresceu 71,5% (79% sem o impacto da variação
cambial), totalizando 54,3 milhões de euros.
No ano de 2004 a TIWS, deu um passo adiante para o
caminho da rentabilidade e crescimento, encerrando o
exercício com um EBITDA de 50,1 milhões de euros, frente a
17,8 millones de euros no ano 2003. Esta melhora deveu-se ao
aumento nas receitas para 158,0 millones de euros, um
crescimento de 21,2% em moneda constante, acompanhado
de uma otimização dos recursos que gerou uma redução nas
despesas operacionais de 2,4%
Telefonia Celular
No exercício de 2004, destacamos, segundo comentado
anteriormente no item “Expansões Internacionais”, a aquisição
de dez operadoras de telefonia móvel da BellSouth na América
Latina (acordo firmado em março de 2004 e com o final das
aquisições em outubro de 2004 e janeiro de 2005). Desta
forma, a Telefónica Móviles fortaleceu a sua liderança na região,
reforçando sua presença países importantes, onde em alguns,
tais como Argentina, Chile e Peru, a Telefónica já estava
operando e espera alcançar sinergias significativas. Ao mesmo
tempo, a companhia tem conseguido uma posição significativa
em mercados de forte crescimento, nos quais ainda não estava
presente (Venezuela, Colômbia, Ecuador e Uruguai) e já tenha
obtido também uma importante massa crítica na América
Central (Guatemala, El Salvador, Panamá e Nicarágua).
As receitas operacionais do Negócio de Móviles fecharam em
12.054,1 milhões de euros, o que demonstra um crescimento de
15,6% comparado ao ano de 2003. A variação ajustada, assumiu
câmbios constantes, porém, se excluíssemos as variações
cambais, teríamos um crescimento de 12,8% devido
principalmente a expansão da base dos clientes.
Por áreas geográficas, as receitas operacionais da Telefónica
Móviles da Espanha subiram em 9,3%, impulsionadas pelo
crescimento do tráfego de 12%. O ARPU dos dados foi 4,3 euros
incrementando-se o aporte dos serviços GPRS (principalmente
conectividade com o acesso a Internet e Intranet, contenidos,
download de jogos e aplicativos). As receitas operacionais na
América Latina mostraram um crescimento de 33,4% com
relação a 2003 e, posteriormente, 22,8% nos ajustes finais
apoiados principalmente pelo forte aumento do parque do
México e Argentina.
Os gastos operacionais fecharam em 7.381,9 milhões de euros, o
que mostra um crescimento de 25,5% comparando-se com o
ano anterior. A Telefónica Móviles da Espanha destacou o
aumento dos gastos de provisão (maiores ações comerciais e
incremento de gastos de inter-conexão para outros operadores
móveis) e serviços externos (gastos de publicidade e apoio ao
terminal). Da mesma forma, na América Latina tivemos um
aumento dos gastos com provisões e serviços de terceiros,
afetados pela maior atividade comercial especialmente no
México, Argentina e Brasil.
O EBITDA aumentou em 3,8%, de 4.581,9 milhões de euros no
ano de 2003 para 4.755,0 milhões de euros no ano de 2004. O
crescimento anual do EBITDA ajustado foi de 2,0%. As
operações na Espanha representaram 88,4% do EBITDA dos
Negócios de Telefonia Móvel, com um incremento de 6,6% em
relação ao ano anterior. O EBITDA ajustado das operações na
América Latina foi 2,8% menor do que em dezembro de 2003,
devido ao aumento das perdas no México e a declínio do
EBITDA na Argentina devido a maior atividade comercial.
O resultado líquido no final do ano foi de 1.620,4 milhões de
euros, 1,6% superior ao exercício anterior.
Os investimentos nos negócios de telefonia móvel encerraram
o ano com 1.665,2 milhões de euros, 26,4% superior a 2003, em
conseqüência, principalmente, pelo maior investimento no
Brasil, com o desdobramento da rede CDMA, pois houve o
lançamento de uma nova versão e pelo aumento da capacidade
e cobertura da mesma; na Argentina, onde houve o
desenvolvimento da rede GSM e na Espanha, pelo investimento
na rede UMTS.
Em termos operacionais, a carteira de clientes administrados
foi incrementada em mais de 22,4 milhões, o que acarretou um
aumento anual superior de 43%, devido principalmente a
aquisição das operadoras da BellSouth. O exercício de 2004 foi
encerrado com mais de 74 milhões de clientes administrados
frente aos 52 milhões no encerramento de 2003.
A Espanha alcançou o volume de 18,9 milhões de clientes, o que
representa 48,5% do mercado. Podemos ainda destacar que,
diante da crescente tendência do mercado espanhol de que
segundas linhas e linhas compartilhadas acabem tornando-se
inativas, e com o objetivo de tentar realizar um segmento mais
certo das principais parcelas do negócio e da contribuição real
dos clientes e da geração de receitas, a Telefónica Móviles da
Espanha decidiu não considerar os efeitos da carteira