18.04.2013 Views

que mergulho! o espaço vertiginoso da subjetividade feminina no ...

que mergulho! o espaço vertiginoso da subjetividade feminina no ...

que mergulho! o espaço vertiginoso da subjetividade feminina no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Pellegri<strong>no</strong> também faz a pergunta crucial: “Dá para ser uma mulher superpoderosa<br />

sem perder a mulherzinha de vista? Resta­<strong>no</strong>s saber <strong>que</strong> “mulherzinha” é essa de <strong>que</strong><br />

<strong>que</strong>remos ain<strong>da</strong> <strong>no</strong>s <strong>no</strong>ssos “colares de conta”. 82<br />

Pellegri<strong>no</strong> diz <strong>que</strong> não tanto ao céu, nem tanto à terra e <strong>que</strong> o segredo é colocar um<br />

pouco de açúcar e afeto para dissolver a dureza; criar vazios <strong>no</strong> cotidia<strong>no</strong>; mais delicadeza;<br />

lirismo; férias [...]; encontrar beleza na fragili<strong>da</strong>de; errar; expor­se ao ridículo; desarmar­se;<br />

pedir cui<strong>da</strong>do e deixar­se cui<strong>da</strong>r. Esse é o femini<strong>no</strong> <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>.” (2006, p.189). Não sei se <strong>da</strong><br />

mo<strong>da</strong>, mas já com quase uma déca<strong>da</strong> do século XXI, um feminismo <strong>que</strong> tem sua linha de<br />

descendência <strong>que</strong> poderia ser traçado <strong>no</strong> passado, fazendo um <strong>mergulho</strong> profundo em Virginia<br />

Woolf, onde as águas em círculos respingaram em Cunningham e Daldry, e em to<strong>da</strong>s as<br />

<strong>no</strong>ssas horas, inclusive nas minhas.<br />

Hoje, respinga tão bem nas meninas adolescentes <strong>que</strong> fazem e acontecem <strong>no</strong>s blogs,<br />

desven<strong>da</strong>ndo os mecanismos <strong>da</strong> tec<strong>no</strong>logia virtual e prometendo tranformar o mundo, como<br />

fala a reportagem <strong>da</strong> revista Cláudia, “Os garotos <strong>que</strong> me perdoem, mas <strong>que</strong>m man<strong>da</strong> na<br />

internet são as menin@s”, sobre a supremacia <strong>feminina</strong> nessa <strong>no</strong>va área de comunicação.<br />

Meninas <strong>que</strong> conversam com amigas, ouvem música, escrevem um post para o seu blog, faz<br />

download de filmes, acessa páginas na internet – tudo ao mesmo tempo! Numa<br />

simultanei<strong>da</strong>de <strong>que</strong> deixaria Mrs. Brown ain<strong>da</strong> mais impotente. A afini<strong>da</strong>de com as máquinas<br />

faz dessas adolescentes, experts em sites, blogs, podcastas, fotolog e games. E assim, mais um<br />

mito cai por água abaixo, a de <strong>que</strong> os meni<strong>no</strong>s teriam mais facili<strong>da</strong>de com a tec<strong>no</strong>logia. Hoje,<br />

essas jovens, dominam a linguagem de programas como: htmil, phython, php e shellscript<br />

(2008, p.124­129).<br />

Muitas são as referências sobre esse <strong>no</strong>vo modelo de femini<strong>no</strong>. Se tomarmos os<br />

filmes, por exemplo, teremos Bridget Jones 1 e 2, e os dilemas de uma moça acima do peso,<br />

mas <strong>que</strong> sonha com um príncipe, ain<strong>da</strong>. Mais recentemente, o filme Sex and the city, inspirado<br />

<strong>no</strong> mundialmente popular seriado <strong>da</strong> TV e os dilemas de quatro amigas enrola<strong>da</strong>s em assuntos<br />

como casamentos, compras, grifes, abando<strong>no</strong>s, desejos, nem sempre nessa mesma ordem.<br />

Como falou Bernardes, na revista Marie Claire, o programa de TV Sex and the city,<br />

<strong>que</strong>brou tabus ao usar um linguajar chulo para mulheres chi<strong>que</strong>s e bem sucedi<strong>da</strong>s e<br />

popularizou marcas de grifes famosas (Oscar de La Renta e Roberto Cavalli); também<br />

ensi<strong>no</strong>u a<strong>que</strong>la gordinha do interior do Texas a pronunciar Jean Paul Gaultier (2008, p.90­94).<br />

82 Lin<strong>da</strong> Nicholson <strong>no</strong> seu texto “Interpretando o Gênero” relaciona sua análise aditiva de identi<strong>da</strong>de, como<br />

sendo um ´colar de contas´, na qual to<strong>da</strong>s as mulheres compartilham o gênero (uma conta do colar), mas diferem<br />

em relação às outras ´contas`<strong>que</strong> são adiciona<strong>da</strong>s ao colar (2000, p.14).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!