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que mergulho! o espaço vertiginoso da subjetividade feminina no ...

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E um dia<br />

O curso de um dia nunca é constante<br />

As horas experimentam dor e prazer.<br />

Na hora <strong>da</strong> cama só conhece vertigem.<br />

Mas quanto dura um dia?<br />

Tanto quanto o amor, dizem uns.<br />

Mas o amor vai embora cedo,<br />

Antes <strong>que</strong> o amanhã e a morte se manifestem.<br />

E quanto tempo dura o dia­a­dia?<br />

Uns dizem desde sempre.<br />

Mas começando quando?<br />

No mesmo instante em <strong>que</strong> pela primeira vez<br />

Os olhos se arregalaram e não viram tudo<br />

Num não tão tarde quando, pela última vez,<br />

O tempo durou não mais <strong>que</strong> um dia,<br />

Um dia de adivinhar:<br />

Por quanto tempo é permitido<br />

Chamar de tanto o <strong>que</strong> é tão pouco<br />

(Laura Riding, 2004, p.20)

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