que mergulho! o espaço vertiginoso da subjetividade feminina no ...
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instituí<strong>da</strong> para mapear um sistema de dominação <strong>que</strong> acontecia <strong>no</strong> nível <strong>da</strong> relação mais<br />
íntima de ca<strong>da</strong> homen e ca<strong>da</strong> mulher, isso por<strong>que</strong> político é essencialmente definido como<br />
poder” (LIMA COSTA, 2004, p. 47) .<br />
A experiência seria portanto sempre contestável, mas sempre uma experiência política.<br />
Scott ain<strong>da</strong> pergunta: “Será <strong>que</strong> o social e o econômico determinam o subjetivo? Será <strong>que</strong> o<br />
privado é completamente separado, ou completamente integrado ao público? (1999, p. 45). O<br />
social e o pessoal estão imbricados um <strong>no</strong> outro e os dois são historicamente variáveis, assim<br />
também como os significados <strong>da</strong>s categorias <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de mu<strong>da</strong>m, e, com ele, as<br />
possibili<strong>da</strong>des para se pensar o ´self´. E pergunta: “O <strong>que</strong> poderia ser mais ver<strong>da</strong>deiro, afinal,<br />
do <strong>que</strong> o relato do próprio sujeito sobre o <strong>que</strong> ele ou ela vivenciou?” (1999, p.25).<br />
E essa ver<strong>da</strong>de vivencial tem sim uma influência por demais importante e concreta.<br />
Doris Lessing fala <strong>que</strong> a influência de Virginia Woolf nela e em outras mulheres não se deu<br />
<strong>no</strong> estilo, nem <strong>no</strong>s experimentos ou declarações, mas simplesmente na sua existência, na sua<br />
coragem, sua perspicácia, sua habili<strong>da</strong>de para encarar a situação <strong>da</strong>s mulheres sem amargura.”<br />
(BRADSHAW, 2003, p. 1314).<br />
2.2.1 A Experiência do Cotidia<strong>no</strong>:<br />
As derrotas domésticas são tão devastadoras quanto são, para um<br />
General, as batalhas perdi<strong>da</strong>s. (As Horas)<br />
“ O cotidia<strong>no</strong> é um modo de acor<strong>da</strong>r”.<br />
Desatenta por obrigação,<br />
Uma chaleira ferve<br />
E me coloca em risco.”<br />
(Carpinejar, em “ Cinco Marias”)<br />
No livro A invenção do cotidia<strong>no</strong> 2. Morar, cozinhar, o filósofo Michel de Certeau<br />
junto com Luce Giard e Pierre Mayol trabalham uma maneira de fazer dos <strong>espaço</strong>s públicos e<br />
privados “um lugar possível” e define assim O Cotidia<strong>no</strong>, <strong>no</strong>s seus “Anais do Cotidia<strong>no</strong>,<br />
citando ele mesmo: