xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto
xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto
xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
na<strong>da</strong>r e os iilo$os e iiieii)~rios a pasaiii n pe... " '5<br />
Esta mesma leitura é subscrita por especialistas de navegação, pelo que merece que<br />
estes xgumentos sejam devi<strong>da</strong>mente pondera<strong>do</strong>s. Importa, ain<strong>da</strong>, que se perceba que as referi<strong>da</strong>s<br />
barragens se situam inuito perto <strong>da</strong> foz e barra <strong>do</strong> rio, interferin<strong>do</strong> de forma dii-ecta, não só<br />
com as condições de navegabili<strong>da</strong>de, mas tainbém com as de aportagem.<br />
Segun<strong>do</strong> o exposto em vários testemunhos, e de acor<strong>do</strong> com a própria observação i11<br />
loco feita pelos oficiais régios, se as águas <strong>da</strong> maré enchente galgavam o nível <strong>do</strong>s açudes<br />
situa<strong>do</strong>s junto à vila, não o conseguiam fazer nos <strong>da</strong> Retorta, <strong>da</strong><strong>da</strong> a sua voluinetria1G. Daqui<br />
decorrem alterações concretas nos mecanismos hidrogrUficos, que as testemunhas evidenciam<br />
I". A alteração <strong>do</strong> percurso <strong>da</strong>s águas <strong>da</strong>s marés, sen<strong>do</strong> este encurta<strong>do</strong> pela incapaci<strong>da</strong>de<br />
de estas galgarem os açudes <strong>da</strong> Retorta, o que leva a alterar-se os mecanismos naturais de<br />
progressão e regressão <strong>da</strong>s águas1';<br />
2". A correlativa alteração <strong>do</strong> tempo de duração <strong>da</strong>s mal-és: se a duração norinal de<br />
ca<strong>da</strong> maré, encbente e vasante, era de 6 horas, ao tempo <strong>do</strong> inquérito elas não durariam, de<br />
facto, mais <strong>do</strong> que 4 horas, encontran<strong>do</strong>-se o curso <strong>do</strong> rio bloquea<strong>do</strong>la;<br />
3'. Adiminuição <strong>do</strong> respectivo cau<strong>da</strong>l e vigor, devi<strong>do</strong> ao bloqueio exerci<strong>do</strong> às enxurra<strong>da</strong>s<br />
<strong>do</strong> Inverno. Este facto seria comprova<strong>do</strong>, quer pela ausência de <strong>da</strong>nos exerci<strong>do</strong>s nas azenhas<br />
existentes junto à vila, quer pelo facto de a travessia <strong>da</strong> barca, entre Azurara e Vila <strong>do</strong> Conde<br />
se fazer na altura sem dificul<strong>da</strong>des, o que não aconteceria anos atrUsl9;<br />
4". O consequente espraiamento <strong>do</strong> rio a josaute <strong>da</strong>s azenhas <strong>da</strong> Retorta, com o qual se<br />
arrastavam aluviões de terrenos de cultivo, os quais, transporta<strong>do</strong>s pela maré vasante,<br />
contribuíam para o assoreamento <strong>do</strong> rio e barra por via<strong>da</strong> acumulação de sedimentos fluviais,<br />
assistin<strong>do</strong>-se, desse mo<strong>do</strong>, ao aumento <strong>do</strong> estuário, mas não ao aprofun<strong>da</strong>mento <strong>do</strong> canal de<br />
iiavegação, antes à subi<strong>da</strong> <strong>da</strong> sua cota 20;<br />
5' O encrespamento <strong>da</strong>s marés, provoca<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> os depoimentos coligi<strong>do</strong>s, pelos<br />
bloqueios sucessivos à sua progressão para montante. Procura-se provar que os obstáculos<br />
encontra<strong>do</strong>s pelo cau<strong>da</strong>l <strong>do</strong> rio, primeiro com os açudes <strong>do</strong> Mosteiro e <strong>do</strong> Marquês e depois<br />
com os <strong>da</strong> Retoita, impedisiain o seu curso natural, reforçan<strong>do</strong> o seu vigorjunto à barra, o que<br />
chegava a impedir a saí<strong>da</strong> de pequenas embarcações, nomea<strong>da</strong>mente <strong>do</strong>s batéis <strong>da</strong>s naus que<br />
se encontravam fora <strong>do</strong> porto.<br />
A vivaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s explicações "técnicas" aponta<strong>da</strong>s justifica a transcrição deste passo<br />
<strong>do</strong>cumental:<br />
"Irerii vosa iiieiye arle roniar eiifforiiiaçoni ein coiiio atiguon r10 iiinre qunii<strong>do</strong> eiltr-n iin<br />
boca <strong>da</strong> bara vein 17tuito tesa e111 tnrita iiiarieyrn que lios bateys <strong>da</strong>s iiaaos que querem 1i)lrpern<br />
fora peru ho coi>allo e pera a nrea <strong>da</strong> lnagea horiide tem suas riaaos dez v)~nite tryrizca dyas por<br />
noi?i podererii rio ryo eiitrar coiiio soliyaiii as ter nlly ser~irlo costa br-ava lios bate)ls e n geiiite<br />
Ibii,<br />
fl. 42".<br />
" Ibidein, n. 31-32<br />
'Vbidein, fl. 75-77<br />
Ibi