xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto
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O Litoral Poveiro<br />
Os lugares e os nomes:<br />
Padre Manuel Amorim";<br />
A costa marítima <strong>do</strong> concelho <strong>da</strong> Póvoa de Varziiii estende-se por oito Klms,<br />
apl-oxirna<strong>da</strong>niente. O tombo velho (1589) de Argivai, antiga paróquia <strong>da</strong> Póvoa de Varziiii,<br />
aponta o limite <strong>da</strong>quela igreja com Vila <strong>do</strong> Conde <strong>da</strong> seguinte forma: "He de Recufe vai ~ello<br />
caminho abaixo atee Iio mar onde esti hua Pedra. oue se chama Cabidello, a oual est$ no mar<br />
e tem em si hua Ciuz. que sei-ve tu<strong>do</strong> de marquo" e continuacom este esclarecimento importante:<br />
" E declararão que este caminho. que vai to<strong>do</strong> asi. como Iié termo <strong>da</strong> Póvoa. porque to<strong>do</strong> o<br />
termo <strong>da</strong> Póvoa fica limite <strong>da</strong> dita 1greja"Acarta hidrográfica <strong>da</strong>ensea<strong>da</strong><strong>da</strong> PóvoadeVarzim<br />
apresenta o "Cabedello" como um conjunto de pene<strong>do</strong>s dividi<strong>do</strong>s ein cabedelo <strong>da</strong> terra e<br />
cabedelo <strong>do</strong> mar. Acruz que assinala o limite está no cabedelo <strong>do</strong> mar, no cabeço mais alto <strong>do</strong><br />
pene<strong>do</strong>, o único que o mar não cobria na liiaré alta. Daqui, o limite litoral extingue-se noutra"<br />
pedra que esta no iiiar a qual tem uma cruz, lie estú entre Ramallia e Couve, chama<strong>da</strong> Pedra <strong>do</strong><br />
Mendu" (tombo <strong>da</strong> Estela, 1700). Esta Pedra <strong>do</strong> Men<strong>do</strong> marcava, desde a criação <strong>do</strong> Couto <strong>da</strong><br />
Estela, a divisória com o couto <strong>da</strong> Apúlia, <strong>da</strong> casa de Bragança, hoje, <strong>do</strong> termo de Esposende.<br />
(fig.1)<br />
Passamos agora a descrever a costa marítima no seu aspecto fisiogrifico antigo para,<br />
de segui<strong>da</strong>, apresentarmos as alterações naturais e artificiais que, através <strong>do</strong>s tempos, se<br />
operaram modifican<strong>do</strong>, significativamente, o seu " fácies" .<br />
Ten<strong>do</strong> como <strong>da</strong><strong>do</strong> adquiri<strong>do</strong> a acentua<strong>da</strong> desci<strong>da</strong> <strong>da</strong> linha <strong>da</strong> maré e a cobertura de<br />
alguina penedia costeira, a investigação <strong>do</strong>cumental e material foinece-nos elementos curiosos<br />
sobre o diálogo <strong>do</strong> mar com o homem na construção <strong>do</strong> seu Iiabitat. Atentemos no denomina<strong>do</strong><br />
<strong>Porto</strong> de Varazim onde o rei D. Dinis viu uma activi<strong>da</strong>de interessante e protegeu através <strong>da</strong><br />
ckação <strong>da</strong> Póvoa. Trata-se de uin porto natural fonna<strong>do</strong> por uma angra iiiaiítima onde desaguam,<br />
por um esteiro, os ribeiros que atravessam a Vila. O mar entrava francamente, pelo<br />
desagua<strong>do</strong>uro, nas marés vivas, e com ele as pequenas embarcações <strong>da</strong> pesca que se abrigavam<br />
na "bouca <strong>do</strong>s barcos" mesmo ao la<strong>do</strong> <strong>da</strong> Capela de S. Roque. A "Junqueira" formava-se por<br />
essas águas e outras que o "&de <strong>da</strong> Senra lá depositava. O "Esteira" que passava em frente<br />
<strong>da</strong> porta de armas <strong>da</strong> Fortaleza e se estendia pelo areal, acabou por ser <strong>do</strong>mestica<strong>do</strong> para um<br />
Paróquia de Beiriz - 4490 Póvoa <strong>da</strong> Varzilii