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xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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FOMENTO E ORDENAMENTO FLORESTAL NAS REGIÕES LITORAIS<br />

florestal, que abrange a longa duraçáo até os mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XX;<br />

(2) ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s castanheiros e carvalhos, os pinheiros constam <strong>da</strong> lista <strong>da</strong>s essênciais<br />

recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s, o que permite pensar numa mais ampla difusão <strong>do</strong> pinheiro bravo.<br />

Não é possível por enquanto fazer um balanço <strong>do</strong>s efeitos <strong>da</strong> lei, nem a evolução na sua<br />

aplicação. Numerosos decretos ou resoluções referem-se ao diploma nas Oderinções Filil~inas,<br />

até aos finais <strong>da</strong> Época Moderna.<br />

As múltiplas recomen<strong>da</strong>ções e o quadro legislativo régio de Quinhentos constituem<br />

uma base de trabalho para esboçar hipóteses sobre a evolução <strong>da</strong> floresta nacional. Não se<br />

pode dizer o mesmo à escala regional, nomea<strong>da</strong>mente no Norte atlântico. Escasseiam os estu<strong>do</strong>s<br />

e as fontes impressas <strong>da</strong> época não ahun<strong>da</strong>in". No entanto, confirma-se que a crise <strong>da</strong> madeira<br />

se faz sentir em quase to<strong>da</strong> a área <strong>da</strong>s colinas e planícies. Já no século XVIII, a ênfase <strong>da</strong><strong>da</strong> ao<br />

problema <strong>do</strong>s "incultos" torna-se tio repetitiva na <strong>do</strong>cumentação, que ficamos com uma iinagem<br />

de coinpleta desflorestação <strong>do</strong>s monte^'^.<br />

Virias descrições <strong>da</strong> época e alguns estu<strong>do</strong>s mostram que houve na região um constante<br />

empenho: de to<strong>do</strong>s os proprietários que possuíam grandes extensões de floresta na região,<br />

forain certamente as ordens religiosas que melhor cui<strong>da</strong>ram <strong>do</strong> seu património, prolongan<strong>do</strong><br />

~iina política já antiga de plantações e reg~ilainentaçáo de cortes. O que aconteceu no couto de<br />

Tihães é sobejaineiite conheci<strong>do</strong>: os monges fizeram plantações de carvalhos, sobreiros e<br />

castanlieiros nos séc~ilos XVII e XVIII, a que acrescem os pinheiros na segun<strong>da</strong> inetade de<br />

Setecentos. Ain<strong>da</strong> neste mesmo perío<strong>do</strong>, o mosteiro I-e<strong>do</strong>bra a vigilância <strong>do</strong>s montes nas suas<br />

tenas, quan<strong>do</strong> os cortes <strong>da</strong>s iírvores e as roças se tornam mais frequentes. Noutros iiiosteiros<br />

<strong>da</strong> região podei-=se-ão, entretanto, revelar os mesmos passos.<br />

Os finais <strong>do</strong> século XVIII é uiiia época inai-ca<strong>da</strong> pela corrente fisiócrática e <strong>da</strong>s ideiais<br />

liberais. Pelas fontes já apura<strong>da</strong>s, depreende-se que a falta de material lenhoso, a questão <strong>do</strong>s<br />

matos e <strong>da</strong> florestação <strong>do</strong>s "incultos" <strong>do</strong>minavam a vi<strong>da</strong> sócio-económica'? Colocan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s<br />

os protagonistas liga<strong>do</strong>s h questão <strong>do</strong> fomento e ordenamento florestal - correge<strong>do</strong>res,<br />

lavra<strong>do</strong>res, senhores, mosteiros, povos e vizinhos, administra<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s câmaras, "letra<strong>do</strong>s"<br />

defensores <strong>da</strong> arborização, e outros - , revela-se a necessi<strong>da</strong>de de apuramento de novas fontes<br />

priinárias num quadro territorial local. Assim o exige a complexi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s situações locais,<br />

onde decorrem os conflitos, reivendicações e inteuesses diversos em torno <strong>da</strong> floresta e <strong>da</strong><br />

evolução <strong>do</strong>s seus recursos.<br />

IV -Apontamentos finais: fontes para o estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> floresta e ordenamento florestal na<br />

Época Moderna<br />

Sublinhe-se, desde logo, que os três principais tipos de fontes são delimita<strong>do</strong>s no âmbito<br />

de trabalhos pluridisciplinares. Na apresentação deste painel, temos perfeita consciência <strong>da</strong>s<br />

numerosas dificul<strong>da</strong>des imediatas, liga<strong>da</strong>s tanto ao processo iiiaterial e institucional na<br />

" Ver A. POLÓNIA, 1999, que apresecita fontes <strong>do</strong>cumeiitnis e estu<strong>do</strong>s, sublinlinn<strong>do</strong> a necessi<strong>da</strong>de de um debate<br />

sobre as provisóes régias de isen@o de impostas (1474).<br />

Pelas raras Mei>,6iiosparoroqr,ini

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