19.04.2013 Views

xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

FONTES PAI1A O ESTUDO DO MOVIMENTO PORTUÁRIO DA CIDADE DO PORTO<br />

--<br />

deve ser estu<strong>da</strong><strong>do</strong>, por exeiiiplo, recorren<strong>do</strong>-se à <strong>do</strong>cuinentação camarária medieva e moderna.<br />

Mas, por agora, fiqueinos coiii alguiiias iiotas finais a respeito <strong>do</strong>s protocolos notariais.<br />

Graças a eles podemos obter uma imagein iiiuito níti<strong>da</strong> de outi-o tipo de articulação: <strong>do</strong><br />

estabeleciiiiento de contactos, de grande interesse, coiii outros centros portuários. Sobretu<strong>do</strong><br />

com aqueles que Ilie estão niais próxiiiios e com quem niantéiii relações de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de/<br />

rivali<strong>da</strong>de determina<strong>da</strong>s por iiiteresses tantas vezes comuns e vitais - gera<strong>do</strong>res, eiii varia<strong>do</strong>s<br />

iiioiiieiitos, de fricções iiem seiiipre bein resolvi<strong>da</strong>s. Com Vila <strong>do</strong> Conde, Viana, Az~irara,<br />

Aveiro, Esposende, MalosinhoslLeça ou Vila Nova de Caia. Mas i60 soiiieiite c0111 os inais<br />

próxiinos. Com Lisboa, seiii a qual iiáo se enteiide boa parte <strong>do</strong>s comportaiiientos mercantis;<br />

coin outros portos e ancora<strong>do</strong>ui-os no reiiio e fora dele coin quem se estabeleceraiii forines de<br />

i-elacioiiarnento, a diverso nível, coru difereiites objectivos e resulta<strong>do</strong>s.<br />

De to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cuiuentos iiotariais pennita-se-ine destacar a figura jiirídica <strong>do</strong> contrato<br />

defretaiiiento ou afretaiiiento de navios. Eiiibora não sen<strong>do</strong>, nein de longe, o único instruinento<br />

iiiarítiiiio-iiiercniitil e, também ele coiii limitações eiii certos caiiipos de aiiálise (coiiio o<br />

quantitativo), dá-tios, por outm la<strong>do</strong>, pistas excelentes para uiiia ampla coiiipreeiisão <strong>da</strong> platica<br />

<strong>da</strong> mercaiicia quiiilieiiiista. Coni os fretamentos que recollii podeiiios recoiistruir a fórinlila<br />

notarial a qiie obedeceiii; as partes inlerveiiieiites ria contratação de serviços; os iiavios<br />

envolvi<strong>do</strong>s; as obi-igações <strong>do</strong>s iiiestres e arma<strong>do</strong>res quaiito à recepção e acondicionaiiiento <strong>da</strong><br />

carga nas naves freta<strong>da</strong>s; o tipo de coiitrato - <strong>do</strong> navio tia sua totali<strong>da</strong>de ou, coiiio é niais<br />

vulgai-, sobre as toiiela<strong>da</strong>s de cal-gaque se pretende carregar; os portos e os prazos <strong>da</strong> carregação<br />

e as coiisequências jurídicas qiie recaem sobre os contratantes pelo iiicuiiiprimento destes<br />

preceitos; os acor<strong>do</strong>s acerca <strong>da</strong> viagem, nomea<strong>da</strong>inente quanto aos portos de escala a tocar; a<br />

descarga, entrega e consignação <strong>da</strong>s iiiei-ca<strong>do</strong>rias; os riscos e prazos <strong>da</strong> descarga; a exigência<br />

<strong>da</strong> celebração de seguros; <strong>da</strong><strong>do</strong>s sobre os preços e forinas de pagaiiiento; os juros de mora <strong>do</strong><br />

[seta<strong>do</strong>r e <strong>do</strong>s coiitraiantes; o frete antecipa<strong>do</strong> e a concessão de eiiipréstinios para api-esto <strong>do</strong><br />

iiavio; o "torna-vizigeiii", os prazos de cai-ga de volta, o frete "de vazio" e os iinpostos a<br />

satisfazer, particularmente as "avarias"; os riscos decoi~entes <strong>da</strong> não execuçáo <strong>do</strong> coiitrato; as<br />

garantias contratualinente exigi<strong>da</strong>s e a possibili<strong>da</strong>de de recurso à via executiva, etc.".<br />

No entanto, coino disse, por vezes a <strong>do</strong>c~iiiieiitação notarial só de forma indirecta<br />

responde aos diferentes eiiuocia<strong>do</strong>s - einbora seja conveniente referir que, inuitas vezes, os<br />

elementos sobre esta (coiiio sobre outras) temática(s) estejam dispersos por uma vasta gama<br />

de tipos <strong>do</strong>cuinentais. Algumas <strong>da</strong>s melhores inforinações sobre o tema encoiitram-se na<br />

<strong>do</strong>cuiiieiitação caiiiarária guar<strong>da</strong><strong>da</strong> no AI-quivo Histórico Municipal <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (=AHMP).<br />

Recorde-se que, no perío<strong>do</strong> que nos ocupa, é a iiível local, concelliio, que se disciitem e se<br />

loniain decisões sobre projectos de infsa-estruturas considera<strong>da</strong>s de interesse <strong>da</strong> resl~irblica. E<br />

a câiiiara, a elite que a governa queiii decide. Ouvin<strong>do</strong>, num processo bem defiiii<strong>do</strong> que inclui<br />

a convocatória de uina reuiiião (noriiialmente ein dias de audiência) com a apresentação <strong>do</strong><br />

pi-obleina, o debate <strong>do</strong> mesmo e a busca de uiiia solução que pode implicar o recurso a peritos,<br />

'? 0pi;iiuor por seguir, ;id;iptan<strong>do</strong>-o cm certos potitas, o questionJrio sivgeri<strong>do</strong> por MART~NEZ GIJÓN, José - Lrr<br />

/li"iicrr

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!