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xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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Fontes para o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> movimento portuário <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> no século XVI<br />

Amândio Jorge Morais Barros<br />

1. O objectivo deste breve trabalho é revelar algumas fontes <strong>do</strong>cumentais que tenho<br />

vin<strong>do</strong> a trabalhar com vista ao desenvolvimento de um estu<strong>do</strong> sobre Navegações e conzércio<br />

tiizarítiiizo rlo Por-to na segun<strong>da</strong> rrizetade <strong>do</strong> s6culo XVI. É este, aliás, o título provisório <strong>da</strong><br />

minha dissertação de <strong>do</strong>utoramento que terá a sua conclusão no final <strong>do</strong> corrente ano. Nesta<br />

altura, com o grosso <strong>da</strong> <strong>do</strong>cumentação já recolhi<strong>do</strong>, posso deixar algumas reflexões e ideias<br />

principais acerca <strong>da</strong> mesma e <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> trabalho.<br />

Este tema, como se pode calcular vem ao encontro <strong>do</strong>s objectivos propostos para<br />

discussão neste seminário: pretende-se fazer um estu<strong>do</strong> amplo, tanto quanto os prazos permitem<br />

e a <strong>do</strong>cumentação possibilita, sobre a vi<strong>da</strong> marítima <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> durante o século de<br />

Quinhentos. Porém, a minha atenção irá focar-se mais em pormenor na segun<strong>da</strong> metade dessa<br />

mesma centúria. Por uma simples razão: porque a fonte <strong>do</strong>cumental mais importante para<br />

responder aos objectivos dessa tarefa apenas contém registos a partir <strong>do</strong> ano de 1548. Trata-se<br />

<strong>da</strong> colecção de registos notariais conserva<strong>da</strong> no Arquivo Distrital <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (=ADP). De qualquer<br />

mo<strong>do</strong>, não restringi a investigação a esse lapso temporal e tenho vin<strong>do</strong> a compilar elementos<br />

sobre o assunto noutros fun<strong>do</strong>s existentes nesse e noutros arquivos tentan<strong>do</strong> reconstituir a<br />

vi<strong>da</strong> marítima portuense desde, pelo menos, o início <strong>do</strong> século.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, optei por determinar o termo nd quein no ano de 1600 e, também essa<br />

opção deve ser explica<strong>da</strong>. Atentemos desde logo no facto de, embora este ser, essencialmente,<br />

um estu<strong>do</strong> de história local, é impossível dissociar a evolução marítimo-comercial <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> entretanto ocorri<strong>da</strong> em Portugal. Desde a I<strong>da</strong>de Média, o <strong>Porto</strong> desempenhara um papel de<br />

grande plano no contexto <strong>da</strong>s navegações comerciais portuguesas, comprova<strong>do</strong> por diversos<br />

diplomas régios, por crónicas e debates em Cortes1. Por esse motivo, em primeiro lugar, pretendi<br />

conhecer os rumos <strong>do</strong> comércio marítimo <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de em relação ao contexto geral <strong>do</strong> reino.<br />

Recorde-se que desde finais <strong>do</strong> século XV as grandes opções comerciais passaram pelo trato<br />

indiano. Em 1506, o rei D. Manuel decretou o Monopólio Régio relativamente ao comércio<br />

asiático facto que, a primeira vista, arre<strong>da</strong>va a esmaga<strong>do</strong>ra maioria <strong>do</strong>s portos nacionais desse<br />

' Entre as colec$íies de <strong>do</strong>curnenta$áo recolhi<strong>da</strong>s nas chancelarias régias destacoAZEVED0, Pedro de-Duno>ienros<br />

<strong>do</strong>s clioitceiorias mais niireriores a 1.531 relnriiios n Moi-rocos, 2 vols., Lisboa: Academia <strong>da</strong>s Ciências.<br />

respectivamente, 1915 e 1934 e Descobrinie,iios Porrirgueses, (colectCneu organiza<strong>da</strong> por MARQUES, J. M. Da<br />

Silva), 5 vols. (reed.). Lisboa: INIC, 1988. Importante pura o conhecimento <strong>do</strong> envolvimento <strong>do</strong> Parto e dc outros<br />

portas <strong>do</strong> reino na expan<strong>do</strong> ultrumurinu é ucolecfáo reuni<strong>da</strong> por FREIRE, Anselmo Braamcamp - Canasde

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