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xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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inertes, interveiições de "defesa" <strong>da</strong> linha de costa com construção de molhes, esporões e<br />

enrocaiiienios.<br />

2 -As f:ises regressivas <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar parecem estar sempre liga<strong>da</strong>s a perío<strong>do</strong>s de um<br />

certo arreiècimento geral (coiii aciiiiiulação de gelo no interior <strong>do</strong>s continentes). Esse processo<br />

fornece aos cursos de água um iiível de base iiiais baixo, o que facilita o escoaiiiento <strong>do</strong>s<br />

sediinentos até rio IT~I-.<br />

Efectivamente, nas nossas latiludes, duratite os perío<strong>do</strong>s frios, é inceiitiva<strong>da</strong> a<br />

ineteorização inecâiiica <strong>da</strong>s rochas que produz uma maior quanti<strong>da</strong>de de iiiateriais detríticos<br />

(areias e materiais grosseiros). Assiiii sen<strong>do</strong>, os cursos de ógua pode111 traiisportur mais<br />

scdiinentos. Estes, cliegaii<strong>do</strong> ao litoral, podern ser distribuí<strong>do</strong>s ao loiigo <strong>da</strong> linha de costa<br />

coiitribuin<strong>do</strong> para a constroção de cordões litorais mais ou iueiios extensos. Ora, estes cordões.<br />

ao sereiii aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s pelo iiiar, cujo iiível está a sofrer tinia desci<strong>da</strong> ligeira, coiiverteiii-se<br />

iiuiiia foiite de areias facilmente inobiliziíveis eiii duiias que teiideráo a avançar para o iiiterior<br />

invadin<strong>do</strong> teri-enos situa<strong>do</strong>s a distâncias importaiites eiii i-elação 31 liilha de costa. As épocas<br />

iiiais frias seriain assim, favoni\,eis ao avanço <strong>da</strong> linlia de cosia e à forinação de duiias.<br />

Parece ser esse o caso <strong>da</strong>s dunas que cobreiii a iiecrópole medieval de Esposende (H.<br />

Granja 1995), que poderiaiii relacionar-se com a pequelia i<strong>da</strong>de <strong>do</strong> gelo.<br />

Uma vez que estes feiió~iieiios (regressão iiiariii1i;i - construção de duiias) parecem<br />

liga<strong>do</strong>s entre si e são correlacionáveis coin variações climáticas, as iiilorina$ões que os<br />

historia<strong>do</strong>i-es nos possam <strong>da</strong>r será fuii<strong>da</strong>~iiental para as iiiterpreiações que os geoniorfológos<br />

preteii<strong>da</strong>in fazer sobre os perío<strong>do</strong>s de constniçZo de dunas e a <strong>da</strong>tação em conci-eto de sisteiiir~s<br />

dunares.<br />

A influência que as variações eustáticas podeiii ter nos diferentes sectores <strong>da</strong> liiilia de<br />

cosia deve ser diferencia<strong>da</strong>s consoante se coiisidera a litilia de costa ou os estuários, onde se<br />

situa a iiiaior piirie <strong>do</strong>s portos portugueses, cujo processo de assoreaineiito, aléiii <strong>do</strong> seu<br />

significa<strong>do</strong> em termos de aporie sediinentar <strong>do</strong> conliiiente, teiii que sei. enquadra<strong>do</strong> na tendência<br />

elistática <strong>do</strong>iiiinaiite.<br />

I -Subi<strong>da</strong> <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> niar<br />

Unia subi<strong>da</strong> <strong>do</strong> iiível <strong>do</strong> mar traduz-se, prefereiicialiiiente, iiuiii avanço <strong>do</strong> mar para o<br />

contiiieiile e iiiima erosão de antigos cordões litorais e duiiares. Nos vales, a subi<strong>da</strong> <strong>do</strong> iiível <strong>do</strong><br />

mar vai elevar o nível de base. Teoricaiiieiite, para o atingir, o curso de água tei-6 que eiitulhlir<br />

o seu vale, sobretu<strong>do</strong> no sector de jusaiite, geralmeiite correspondente a um estuário. O<br />

entulliamento <strong>do</strong>s sectores teriiiinais <strong>do</strong>s vales decoi~eiite de uma subi<strong>da</strong> eustática é mais um<br />

factor que contribui para a ei-osão <strong>da</strong>s praias já que provoca uma diniinuição <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de de<br />

areias disponíveis para a deriva liloral.<br />

Assiiii, uin recuo <strong>da</strong> liiilia de costa decorrente de uiiia subi<strong>da</strong> <strong>do</strong> iiível <strong>do</strong> iiiar pode ser<br />

contemporâneo de iiiii assoreaniento <strong>do</strong>s estu' alios. "<br />

Ter4 si<strong>do</strong> isso que terá aconteci<strong>do</strong> na fase i-elativanieiite quente que correspondeu à<br />

I<strong>da</strong>de Média (sécs. XI a XV. Pequeno Óptimo Climático, Alveirii~lio Dias, 1997) e tio perío<strong>do</strong><br />

actual em que se verifica tainbém uiiia tendêiicia para o recuo <strong>da</strong> linlia de costa.<br />

2 - Desci<strong>da</strong> <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar<br />

Uma desci<strong>da</strong> <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar traduz-se iiuina inaior capaci<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s rios transportarem<br />

material até à liiiha de costa, uma vez que o declive <strong>do</strong> seu leito, na parte terminal, é auiiieiita<strong>do</strong>.

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