xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto
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conclusões afirma-se que "as condições térmicas e pluviométricas observa<strong>da</strong>s em Portugal<br />
provain que, no SW <strong>da</strong> Europa, as situações sinópticas terão si<strong>do</strong>, durante o LMM, seinelhantes<br />
às actuais, apenas com uma maior frequência de ocorrência de situações anticlónicas no Inverno<br />
e Primavera, às quais estava associa<strong>da</strong> advecção de ar continental", que se traduziu na existência<br />
de invernos bastante frios.<br />
A fig. 6 mostra justamente as variações de temperatura verifica<strong>da</strong>s no inar, no perío<strong>do</strong><br />
compreendi<strong>do</strong> entre 1672 e 1708. Verifica-se que, se no Norte <strong>da</strong> Europa, efectivamente, uma<br />
boa paite <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> em questão correspondeu a uma fase de arrefecimento, outro tanto não se<br />
pode dizer <strong>da</strong> área <strong>da</strong> Corunha ou <strong>da</strong> latitude de Coimbra, onde existe uiii certo equilíbrio<br />
entre perío<strong>do</strong>s mais quentes e mais frios que o actual. Porém, ein Gibraltar e na costa africana<br />
este perío<strong>do</strong>, apesar de inseri<strong>do</strong> no míniino de Maunder, terá ti<strong>do</strong> temperaturas mais altas que<br />
as actuais.<br />
Tu<strong>do</strong> se passa como se mais <strong>do</strong> que um aquecimento ou arrefecimento globais, tivesse<br />
existi<strong>do</strong> uma redistribuição <strong>do</strong> calor, feita, provavelmente, através <strong>da</strong>s correntes inarítimas<br />
(N. A. Morner, 1993).<br />
Coin efeito, "a resposta <strong>do</strong> sistema climático a esta (e outras) modificações naturais (ou<br />
não) <strong>do</strong> clima é manifesta<strong>da</strong> por processos complexos no Oceano e na Atmosfera. As trocas<br />
globais de massa e de energia, assim como a circulação lios oceanos (dependente também <strong>da</strong><br />
temperatura <strong>da</strong> água <strong>do</strong> mar e <strong>da</strong> salini<strong>da</strong>de) e na atmosfera condicionam a circulaçiío regional<br />
[...I. O clima de certo local é assim regula<strong>do</strong> por uma intrinca<strong>da</strong> teia de retroacções, ain<strong>da</strong><br />
muito incompletamente entendi<strong>da</strong>" (M. João Alcofora<strong>do</strong>, 1999).<br />
Passan<strong>do</strong> para o presente, toma-se difícil deixar de la<strong>do</strong> o assunto mediático: que pensar<br />
<strong>do</strong> tão discuti<strong>do</strong> aquecimento global?<br />
Nos sites cujo endereço é <strong>da</strong><strong>do</strong> a seguir à bibliografia apresentain-se uma série de<br />
organismos - sobretu<strong>do</strong> de origem americana - cuja principal tarefa é estu<strong>da</strong>r as variações e<br />
mu<strong>da</strong>nças climáticas.<br />
A quase totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s curvas de variação de temperatura que são apresenta<strong>da</strong>s para<br />
provar o aquecimento global mostram a evoluçáo havi<strong>da</strong> a partir de 1850. Ora, 1850<br />
corresponde, nuina cronologia aproxiinativa, ao fim <strong>da</strong> Pequena I<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Gelo (cf. fig. 4).<br />
É importante que seja dito que as curvas começam num momento de arrefecimento -<br />
logo, o mais natural é que elas mostrem um aqueciinento.<br />
Mas será que existe realmente um aquecimento com a ainplitude referi<strong>da</strong>?<br />
Alguns artigos recentes disponíveis na Internet<br />
(por exemplo http://www.greeningearthsociety.org/Articles/2OOOlsurfacel.htm)<br />
afirmam que a contradição existente entre as temperaturas superfície (oiide se verifica,<br />
em muitos casos, um aquecimento) e na troposfera (onde ele não se verifica) se deve a uma<br />
série de erros entre os quais se salienta o facto de que a maior parte <strong>da</strong>s estações meteorológicas<br />
foram "engoli<strong>da</strong>s" pela urbanização acelera<strong>da</strong> <strong>do</strong>s últiinos tempos, o que terá leva<strong>do</strong> a um<br />
auiiiento sistemático <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> temperatura, nem sempre convenientemente rectifica<strong>do</strong>. As<br />
estações de feição mais rural foram tendencialmente abaii<strong>do</strong>na<strong>da</strong>s, perden<strong>do</strong>-se os seus <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
fidedignos e utilizan<strong>do</strong>-se, sobretu<strong>do</strong> nos países menos desenvolvi<strong>do</strong>s, <strong>da</strong><strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s de forma<br />
incorrecta.<br />
A contraprova deste facto estaria no facto de que as estações rurais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s