xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto
xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto
xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
AN~ÓNIO BARROS CARDOSO<br />
activi<strong>da</strong>de regular de iinportação <strong>do</strong>s inerca<strong>do</strong>res britânicos.<br />
Consigna<strong>do</strong>s a portugueses, pi-ocedentes de Viaiia, entraraiii a barra <strong>do</strong> Douro apenas<br />
I0 barcos. Os Holandeses Issac Lostaw e Diogo Herants tambéin coinprardm vinlios ein Viana<br />
que fizeram transportar por viu marítiina5'. pelo menos por duas vezes. Da primeira Lostaw &<br />
C." fretou o navios portug~iês N." Senhora <strong>do</strong> Rosário e São José, visita<strong>do</strong> ein 6 de Novembro<br />
de 1716, frente a Monchique*', <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> Herants, fretou o navio holandês Mrrrirr, visita<strong>do</strong><br />
em 18 de Janeiro de 1728".<br />
Os merca<strong>do</strong>res hamburgueses não fizeram chegar ao <strong>Porto</strong> qualquer navio procedente<br />
de Viana <strong>do</strong> Liiiia.<br />
Ein suina, o comércio grosso entreo <strong>Porto</strong> deVianae a çidUde <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> esteve também<br />
nas mãos <strong>do</strong>s britânicos, sobretu<strong>do</strong> respoiisáveis pelo escoamento <strong>do</strong>s vinhos e aguardentes<br />
produzi<strong>da</strong>s no Alto-Minho.<br />
Os barcos <strong>da</strong> Figueira represeiitaram uiiia pequena parcela <strong>do</strong> total <strong>da</strong>s embarcações<br />
procedentes de portos nacionais, apenas 3,6%, e 81,8% <strong>do</strong>s barcos com origem no porto <strong>da</strong><br />
foz <strong>do</strong> Moiidego vierain também por conta <strong>do</strong>s nierca<strong>do</strong>i-es britânicos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Uma parte substancial deles trouxe carga de Iasti-o, quan<strong>do</strong> declaravain inerca<strong>do</strong>rias, a<br />
iiiais frequente eram os vinhos. Contu<strong>do</strong> também chegou ao <strong>Porto</strong> algum sal" e cortiça'", mas<br />
em quanti<strong>da</strong>des que se tios afiguram pouco expressivas. Fica-nos aiites a sensação de que, o<br />
porto <strong>da</strong> Figueira recebia directameiite inerca<strong>do</strong>rias aí leva<strong>da</strong>s pelos negociantes ingleses e<br />
destina<strong>da</strong>s ao abasteciinento <strong>da</strong> região centro que trocavam sobretu<strong>do</strong> pelos vinhos, ou quaii<strong>do</strong><br />
os não Iiavia ou neles não tinham iiiteresse comercial, faziam vir os iiavios à ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
coin lastro, para receberem carga de vinhos e de outras merca<strong>do</strong>rias qiie o porto <strong>do</strong> Doum<br />
proporcioiiaval*'.<br />
Coube ain<strong>da</strong> aos britânicos o <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> trato <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> coin as Ilhas <strong>do</strong>s Açores. Com<br />
efeito, 82,6% <strong>do</strong>s barcos que <strong>da</strong>í rumarain à ci<strong>da</strong>de no perío<strong>do</strong> que estaiiios a considerar,<br />
ti-ouxeram as suas inerca<strong>do</strong>rias consigna<strong>da</strong>s aos inerca<strong>do</strong>res iiigleses. Apenas uni poi-tuense de<br />
noiiie Manoel Lopes Barbosa, mora<strong>do</strong>r a São Francisco, inodesto merca<strong>do</strong>r de vinhos que<br />
enviava para o Brasil colónia, com a qual mantinha laços de comércio que explicam as suas<br />
ausências nos manifestos <strong>da</strong> Imposição <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> entre 1706 e 1727"', se eiivolveu de alguina<br />
forina iio monopólio britânico no trato <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> coni as Ilhas Atlâiiticas"". De resto, o<br />
eiivolvimento <strong>do</strong>s ingleses sobretu<strong>do</strong> no comércio cerealífero coin as Illias, está patente no<br />
facto de não usarein nele somente os barcos de sua nacionali<strong>da</strong>de, inas fretarem navios<br />
portugueses para o seu transporte. Sampson Staert, por exemplo, fretou ein 5 de Maio de 1728<br />
o iiavio português N."S."<strong>do</strong> Rosário, que nesse dia chegou ao <strong>Porto</strong> proveniente <strong>da</strong> Illia de<br />
São Miguel com carga de milho6'. Em 26 de Junho <strong>do</strong> mesmo ano, o mesino merca<strong>do</strong>r fretou<br />
"' AHMP. L. 444, Wsiias de S