19.04.2013 Views

xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

FRANCISCO RIBEIRO DA SILVA<br />

imposta nos azeites ia para o Cofre <strong>da</strong>s Águas Livres, destina<strong>da</strong> a Obras e Fábricas.<br />

Desde I804 (decreto de 14 de Abril) na mesma Alfândega cobrava-se um adicionamento<br />

sobre o azeite e carnes secas e vinho que se aplicava para a iluminação de Lisboa e pagamento<br />

<strong>da</strong> Guar<strong>da</strong> <strong>da</strong> Polícia. Esse adicionamento entrava no Erário para os indica<strong>do</strong>s fins.<br />

2 -Alfândegas <strong>do</strong> Reino<br />

Quanto às Alfândegas <strong>do</strong> Reino, impõe-se uma primeira distinçzo entre Alfândegas<br />

<strong>do</strong>s <strong>Porto</strong>s de Mar e alfândegas <strong>do</strong>s <strong>Porto</strong>s Secos.<br />

Nas primeiras, a arreca<strong>da</strong>ção era semelhante à de Lisboa, por cujo foral se deviam<br />

regular.<br />

Em <strong>do</strong>cumento que consultámos na British Library de Londres (Add 20.963) que nos<br />

oferece um balanço <strong>da</strong>s contas <strong>da</strong> Junta <strong>do</strong> Comércio relativo ao perío<strong>do</strong> que vai de 18.10.1755<br />

a 29.4.1766, aparecem referi<strong>da</strong>s as seguintes alfândegas:<br />

Peniche, São Martinho e Setúbal, na Província <strong>da</strong> Estremadura:<br />

Figueira e Buarcos e Aveiro na Província <strong>da</strong> Beira;<br />

<strong>Porto</strong>, Viana, Vila <strong>do</strong> Conde, Esposende, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença e<br />

Monção no Entre Douro e Minho;<br />

Faro, Tavira, Lagos, Portiinão na Província <strong>do</strong> Algarve.<br />

Tinham seus Consula<strong>do</strong>s separa<strong>do</strong>s ein que se cobravam os i-espectivos direitos de<br />

saí<strong>da</strong>.<br />

Havia igual separação nos direitos <strong>do</strong> sal que se cobravam nas Alfândegas de Setúbal,<br />

Aveiro e Algarve.<br />

Será possível hierarquizar as alfândegas portuguesas por volume de movimento?<br />

Talvez. Conhecemos os totais apura<strong>do</strong>s para o imposto <strong>do</strong>s 4% entre 1756 e 1766. A<br />

partir <strong>da</strong>í poderemos tentar um escalonamento. Lisboa e <strong>Porto</strong> ocupam os lugares cimeiros<br />

como era de esperar. Mas o <strong>Porto</strong> não representa mais que 25% de Lisboa.<br />

Seguein-se depois:<br />

Viana<br />

Figueira e Buarcos e Aveiro<br />

Peniche e São Martinho<br />

Faro<br />

Valença<br />

Vila <strong>do</strong> Conde<br />

Nas alfândegas <strong>do</strong>s portos secos (as <strong>da</strong> raia de Espanha) fiscalizava-se a entra<strong>da</strong> <strong>do</strong>s<br />

géneros permiti<strong>do</strong>s e cobravam-se os direitos deles ou tomavam-se guias para a Alfândega de<br />

Lisboa cuja entra<strong>da</strong> era afiança<strong>da</strong> por fia<strong>do</strong>res. Estes só não eram obrigatórios quan<strong>do</strong> as<br />

certidões mostravam o ver<strong>da</strong>deiro destino <strong>da</strong>s merca<strong>do</strong>rias e o pagamento <strong>do</strong>s direitos na<br />

mesa <strong>do</strong>s portos secos.<br />

As alfândegas <strong>do</strong>s portos secos que aparecem menciona<strong>da</strong>s no <strong>do</strong>cunlento acima cita-<br />

<strong>do</strong> são as seguintes:<br />

Província de Trás-os.-Montes: Montalegre, Miran<strong>da</strong>, Vimioso, Bragança, Chaves,<br />

Vinhais, Freixo de Espa<strong>da</strong> à Cinta e Bemposta.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!