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xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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PEDRO BROCHADO DE ALMEIDA<br />

Conde". O desaparecimento de uma parte <strong>da</strong>quele mapa poderá e acabamos de entrar no<br />

campo meramente especulativo, corresponder ao fragmento que terá si<strong>do</strong> entregue ao ve<strong>do</strong>r<br />

<strong>da</strong>s obras para este poder executar o plano de arquitectura tal como ele havia si<strong>do</strong> delinea<strong>do</strong>.<br />

Esclareci<strong>da</strong>, dentro <strong>da</strong> medi<strong>da</strong> <strong>do</strong> possível, a paterni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> forre de S. João Baptista<br />

de Vila <strong>do</strong> Conde passaremos, de segui<strong>da</strong>, a desven<strong>da</strong>r resumi<strong>da</strong>mente as diversas fases por<br />

que passou a constriição <strong>da</strong>quele estrutura militar abaluarta<strong>da</strong>.<br />

O arranque <strong>da</strong>s obras terá si<strong>do</strong>, ao que parece, procedi<strong>do</strong> pela falta crónica de verbas.<br />

Esta situação contribuiu para que o an<strong>da</strong>mento <strong>da</strong>s mesmas fosse lento ao que, também, não<br />

será alheio a questão <strong>da</strong> sucessão de D. Sebastião e mais tarde <strong>do</strong> Cardeal D. Henrique. O<br />

perio<strong>do</strong> político conturba<strong>do</strong> que se seguiu à aclamação de D. Filipe I de Portugal não terá si<strong>do</strong><br />

propicio para a constmção de estruturas militares que, em caso de revolta, poderiam ser utiliza<strong>da</strong>s<br />

contra o monarca indeseja<strong>do</strong> por alguns sectores <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de portuguesa..<br />

O esquecimento a que foi vota<strong>do</strong> só teri si<strong>do</strong> ultrapassa<strong>do</strong>, num perío<strong>do</strong> em que o<br />

reina<strong>do</strong> de D. Filipe I já estava consoli<strong>da</strong><strong>do</strong>, aquan<strong>do</strong> <strong>da</strong> visita de Filipe Terzio a Vila <strong>do</strong><br />

Conde. Embora não exista <strong>do</strong>cumentação que comprove a interferência <strong>da</strong>quele arquitecto<br />

nas obras <strong>do</strong> forte <strong>da</strong> foz <strong>do</strong> Ave é certo que a 22 de Maio de 1593 -cerca de seis meses após<br />

a sua estadia eni Vila <strong>do</strong> Conde e numa altura em que as obras estavam estagna<strong>da</strong>s - reuniramse<br />

várias personali<strong>da</strong>des com o intuito de decidir a resposta a um ofício régio onde se atribuía<br />

à população a responsabili<strong>da</strong>de de construção <strong>da</strong> foitaleza.'"<br />

Em deliberação camarária foi acor<strong>da</strong><strong>do</strong> que na carta de resposta, a edili<strong>da</strong>de explicaria<br />

a impossibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> vila suportar a totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s despesas, até porque ". . . estava rriiripobre<br />

... e ião tein ter1110 alg~iiiz ..." e ainstalação militai- "...i160 era de ~~articulorproveifo~roveito e ~ltili<strong>da</strong>de<br />

desta vila, iims em rinivcrsal proveito rle to<strong>do</strong>s...". Não se escusava, contu<strong>do</strong>, em contribuir<br />

com a quantia possível'*.<br />

A <strong>do</strong>cumentação histórica disponível, embora não seja totalmente clara, permite-nos<br />

pensar que, a partir deste momento, as obras entrariam numa nova fase construtiva. Esta,<br />

contu<strong>do</strong>, não seria a última nem se prolongaria por muito tempo.<br />

No dia 2 de Setembro de 1627 foi firina<strong>do</strong> um contrato de empi-azarnento entre o<br />

Convento de Santa Clara e o Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> forte de S. João Baptista de Vila <strong>do</strong> Conde. A<br />

abadessa entregava, por tempo indetermina<strong>do</strong>, o dii-eito útil sobre o rossio que envolvia to<strong>da</strong> a<br />

estrutura defensiva. Ao firmarem este contrato, o responsável pela fortaleza coiiseguiu criar<br />

uma cintura de segurança em sua volta e impedir o corte de pedra e de saibro nas suas<br />

proximi<strong>da</strong>des. A única excepção era a extracção de pedra para a fortalezai6. Este <strong>do</strong>cuiiiento,<br />

de forma indirecta, vem alertar-nos para o facto <strong>do</strong> forte se encontrar incompleto.<br />

A 3 de Maio de 1641 foi emiti<strong>do</strong>, pelo punho de D. Gastão Coutinho - membro <strong>do</strong><br />

Conselho <strong>da</strong> Guerra e Capitão-Geral de Enti-e-Douro-e-Minho - uma ordem para se trabalhar<br />

no senti<strong>do</strong> de concluir as obras no forte <strong>da</strong> foz <strong>do</strong> rio Ave. O ofício era claro. "...!lian<strong>do</strong> os<br />

" MOREIRA, Rafael, Os gia,?

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