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xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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MARIA DA ASSUNÇÃO ARAUJO<br />

litorais e também para alimentar as praias que poderão toriiar-se mais extensas, rectifican<strong>do</strong>se<br />

as irregulari<strong>da</strong>des existentes ao longo <strong>da</strong> linha de costa que se toriia rectilínea.<br />

Se iio texto fizemos uma separação <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s naturais e antrópicos, fizenio-lo, apenas,<br />

pela necessi<strong>da</strong>de de decoinpor um processo coiiiplexo nas suas partes co~istituintes para mellior<br />

o poder analisar.<br />

A ver<strong>da</strong>de é que os factoi-es antrópicos podem não jogar iio iiiesmo senti<strong>do</strong> que os<br />

factores iiaturais. Assim, uma época em que se faça uma maciya destruição <strong>da</strong> floresta podeii<br />

coincidir com uni perío<strong>do</strong> de nível baixo <strong>do</strong> iiiar. Nesse caso, os estuúrios afecta<strong>do</strong>s seriam<br />

liiiipos de sedinientos ou, pelo contrário, colinata<strong>do</strong>s?<br />

Tu<strong>do</strong> depende, como é óbvio, <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s fe~ióineiios eiii jogo. A resi~litante terá<br />

que ser estu<strong>da</strong><strong>da</strong> caso a caso e poderá Iiaver que coiitar coiii outros factores que aqui náo<br />

puderam ser coiisidera<strong>do</strong>s.<br />

Um deles diz respeito h tendência teclónica existente ein ca<strong>da</strong> uin <strong>do</strong>s locais. Esta<br />

tendência, embora ~iorinalniente determine inovimentações mais lentas que as variações<br />

eustáticas, pode, a longo prazo, acabar por explicar a difereiiça entre sectores coiitíguos, em<br />

que to<strong>do</strong>s os outros factores parecem idênticos, nias que apreseiitarii Iiistórias coiitrastantes no<br />

que diz respeito i evoluçáo <strong>da</strong> sua linha de costa.<br />

4 - O estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s variações climáticas<br />

Já vinios aciina a extreiiia iiiiporiância que o clima tem, quer condicionan<strong>do</strong> a variação<br />

<strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar, quer o fornecimento de inateriais à linha de costa.<br />

"Variação climática", "efeito de estufa", "aqueciiiiento global" são expressões que<br />

entraram no léxico corrente. Com efeito, estes temas toriiaraiii-se ca<strong>da</strong> vez mais niediáticos<br />

nas últinias déca<strong>da</strong>s. Iiifelizniente falta a muitos <strong>da</strong>queles que discuteiii o assuiito unia cultura<br />

científica suficiente para ~iltrapassar as visões geralinente catastrofistas que uiii jornalisiiio<br />

nem sempre esclai-eci<strong>do</strong> veicula.<br />

Não temos dúvi<strong>da</strong>s de que o Hoiiie~ii é capaz de intervir no ambiente - e de alterá-lo<br />

profun<strong>da</strong>ineiite. Poi-éni, ao iiivés <strong>da</strong>queles que considera~ii apenas o presente e o futuro, o<br />

coiilieciinento que temos <strong>da</strong> variação cliiiiática ao longo <strong>da</strong> Iiistória geológica, dá-nos uin<br />

maior recuo e perinite-nos enquadrar os fenóiiienos recentes numa evolução mais longa,<br />

perspectivali<strong>do</strong>-os coiiio um ~iiomeiito de uina evolução onde a variaçáo e a mu<strong>da</strong>nça forani<br />

constantes e onde existirain iii~iitos eventos "catastróficos" provoca<strong>do</strong>s por causas i~iteirainente<br />

natul-ais.<br />

A complexi<strong>da</strong>de e a actuali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> teina, bem como a sua iiiiportância para a<br />

conipl-eeiisão e salvaguar<strong>da</strong> <strong>do</strong> futuro <strong>do</strong> plaiieta tornam as variações cliináticas ~iin <strong>do</strong>s mais<br />

fasciiiaiites e tambéin mais relevantes para o futuro <strong>da</strong> Iiliinani<strong>da</strong>de.<br />

Da<strong>do</strong> o i~itei-esse prático e mediático destes temas, existe uiii iiiiportante acervo de<br />

investigação sobi-e eles. Trata-se, portanto, de uma iiiatéria científica eiii evolução iiiuito rapi<strong>da</strong>.<br />

Daí que a World Wide Web seja, neste <strong>do</strong>iiiíiiio, uni bom instrumento de pesquisa, pois além<br />

de <strong>da</strong><strong>do</strong>s actualiza<strong>do</strong>s, permite a qualquer uin apei-cebei-se <strong>da</strong> profun<strong>da</strong> divergência de pontos<br />

de vista que este tema levanta. Basta visitar alguns giupos de discussão coiii o "sci.environment"<br />

para se ter iiina ideia de como as matérias ein questão estão longe de ser pacíficas.

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