xviii - Repositório Aberto da Universidade do Porto
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einbaixa<strong>do</strong>r em Londres, António de Azeve<strong>do</strong> Coutinho, referin<strong>do</strong>-se à importância proveitosa<br />
<strong>do</strong> estabelecimento de relações coinerciais com a Rússia, relata uma conversa havi<strong>da</strong> com o<br />
iiiinistro russo na qual procurou in<strong>da</strong>gar sobre a viabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> aquisição de alguns navios<br />
iiaqiiele reino, ao que o seu interlocutor respoiideu positivamente. Ajustificação para o pedi<strong>do</strong><br />
de compra de navios à Rússia tinha que ver coin uina recusa <strong>do</strong>s ingleses ein fornecerem à<br />
coroa portuguesa iais embarcações".<br />
Seja como for, os materiais para a construção e reparação de einbarcações encontrain-<br />
se I-epresenta<strong>do</strong>s na lista <strong>da</strong>s merca<strong>do</strong>rias chega<strong>da</strong>s ao <strong>Porto</strong> por mar na primeira metade <strong>do</strong><br />
séctilo, descritas no capítulo <strong>da</strong>s matérias primas. O tabua<strong>do</strong>, que na sua esmaga<strong>do</strong>ra maioria<br />
veio ein navios provenientes de Estocolino, mas tanibéin ein muitos navios cuja indicação de<br />
proveniêiicia foi siinplesiiiente Sur'cin e que, com to<strong>da</strong> a certeza, tiveraiii a mesma origem. De<br />
facto, a Europa <strong>do</strong> Norte e Noroeste fornecia à construçáo naval madeiras de carvallio para as<br />
quillias, pinheiro escandinavo para a niastreação, resina e o seu sucedâneo para a calafetageiii<br />
e aiii<strong>da</strong> canhaino e linlio destina<strong>do</strong>s ao velaine e cor<strong>do</strong>aria". Por isso, eiiibora em percentagein<br />
inuito inferior, registamos einbarcações provenientes de Hamburgo que transportaram na sua<br />
carga alguiii tabua<strong>do</strong>. O alcatrão teve tambéin origem iiiaioritária nos portos <strong>do</strong> Norte,<br />
noinea<strong>da</strong>iiieiite ein Estocolino. Algiiiii veio de Hamburgo, Londres e Bristol, mas em menor<br />
escala.<br />
Os principais portos de origem <strong>do</strong>s navios entra<strong>do</strong>s na barra <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
A riqueza que o <strong>Porto</strong> recebia através <strong>da</strong> barra <strong>do</strong> Douro implicou que a ci<strong>da</strong>de, desde<br />
os inícios <strong>do</strong> século XVIII, desenvolvesse uiiia intensa rede de contactos com os mais varia<strong>do</strong>s<br />
portos <strong>da</strong> Europa e <strong>do</strong> Novo Mun<strong>do</strong>. A presença <strong>do</strong>s ingleses, fortemente ancora<strong>do</strong>s ein torno<br />
<strong>do</strong> crescente volume de negócios coin os vinlios <strong>do</strong> Doum, contribuiu decisivameiite para que<br />
náo houvesse porto anglo-sáxónico onde o nome Oporto não fosse bem conlieci<strong>do</strong>. O mapa<br />
anexo I, expriiiie essa reali<strong>da</strong>de.<br />
O quadro seguinte inostra ein percentagem, por nacionali<strong>da</strong>de, os portos que inaior<br />
importância tiverani nas trocas comerciais que a ci<strong>da</strong>de manteve ao longo <strong>da</strong> prinieira inetade<br />
<strong>do</strong> século XVIII:<br />
" Briiisli Library, Add. 20795, 11s. 247-248.<br />
'WOLLAT. Micliel. A Elrro,~ e o Mrrr: Lisboa, 1995, pp. 72 - 73.