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Lygia da Fonseca Fernandes - Fundação Biblioteca Nacional

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ou Sonho de Polifilo, a Gramática grega de Lascaris e obras de Aristóteles. Interessado<br />

na divulgação <strong>da</strong> cultura humanística e grega, fundou a Academia Aldina, onde reuniu<br />

os mais importantes estudiosos <strong>da</strong> antiga Grécia. Sua ativi<strong>da</strong>de diminuiu a partir de<br />

1505 e se extinguiu no ano de 1515 com sua morte.<br />

Aldo Manutio revolucionou a arte tipográfica, criando caracteres menores e livros<br />

de menor tamanho (in oitavo), e desta combinação de técnicas resultou a possibili<strong>da</strong>de<br />

de um volume de menor tamanho conter mais matéria que um in-folio em grandes<br />

caracteres. São famosos os tipos por ele criados que ain<strong>da</strong> hoje se chamam itálicos ou<br />

aldinos, nome de seu inventor, e sua marca tipográfica, impressa nas obras: uma âncora,<br />

na qual se enrola um delfim, usa<strong>da</strong> pela primeira vez em 1502.<br />

Esta obra figura entre as mais perfeitas obras impressas no século XV, saí<strong>da</strong>s<br />

dos prelos famosos de Aldo Manutio. Primeira edição <strong>da</strong>s obras completas de Policiano,<br />

falta nela, entretanto, a história <strong>da</strong> conjuração dos Pazzi, acontecimento <strong>da</strong> história<br />

romana que, por motivos políticos, foi certamente omitido pelo mais célebre e perfeito<br />

dos impressores italianos.<br />

O exemplar <strong>da</strong> Seção de Livros Raros apresenta capital ilumina<strong>da</strong> com ouro, azul<br />

e vermelho; iniciais em azul e vermelho. Caracteres tipográficos nítidos, marcante <strong>da</strong>s<br />

impressões aldinas, tendo em algumas páginas a inserção de textos em tipos gregos<br />

usados na mesma folha impressa, 232 folhas, estando, portanto, incompleto o exemplar<br />

que pertenceu a Barbosa Machado.<br />

Vitrine 3<br />

Schedel, Hartmann, m. 1514. Liber Chronicarum. Nuremberg. Anton Koberger,<br />

12 de julho de 1963.<br />

Nuremberg, ci<strong>da</strong>de alemã, centro irradiador <strong>da</strong> cultura humanística recebi<strong>da</strong> diretamente<br />

<strong>da</strong> Itália, celebrizou-se pela grande ativi<strong>da</strong>de cultural. A citação de alguns dos<br />

famosos filhos e habitantes desta culta metrópole bastaria para situá-la nos distantes<br />

séculos entre os maiores centros de cultura medieval e renascentista: o astrônomo Regiomontanus,<br />

o geólogo Martim Benhaim, o célebre pintor e gravador Albrecht Dürer, o<br />

maior representante do humanismo alemão Willibald Pirkheimer e tantos outros.<br />

Ali, no final do século XV, mais exatamente no ano de 1471, instala-se o livreiro e<br />

impressor Anton Koberger, que muito contribuiu para a propagação e difusão <strong>da</strong> cultura,<br />

com a impressão de livros ilustrados. Em sua oficina tipográfica se prepara o famoso<br />

Livro <strong>da</strong>s crônicas (na exposição) que, como o nome indica, resume os fatos acontecidos<br />

desde a criação do mundo até os contemporâneos.<br />

Hartmann Schedel, nascido e morto em Nuremberg (1440-1514), é o autor. De<br />

instrução humanística, dedicou-se na Itália aos estudos de medicina, doutorando-se em<br />

1466. De volta a Nuremberg, difundiu a cultura renascentista e o estudo <strong>da</strong> Antigui<strong>da</strong>de<br />

Clássica, havendo trazido <strong>da</strong> Itália grande e numerosa coleção de manuscritos (extratos<br />

de autores antigos), bem como livros impressos que ain<strong>da</strong> hoje podem ser apreciados e<br />

manuseados na Stadt Bibliothek de Munique, onde se guar<strong>da</strong> sua magnífica e preciosa<br />

coleção bibliográfica.<br />

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