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Lygia da Fonseca Fernandes - Fundação Biblioteca Nacional

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Charles Guillaume Théremin,<br />

l’homme au crayon léger*<br />

L<br />

onge estamos de considerar encerrado o conhecimento de novos documentos<br />

iconográfi cos referentes aos aspectos do Brasil no século XIX, muito embora,<br />

até a presente <strong>da</strong>ta, sejam inúmeros os já conhecidos.<br />

Tais considerações vêm a propósito de recente publicação, <strong>da</strong> autoria do pesquisador<br />

suíço Georges Duplain (Les dessins de la Providence). Yverdon, Editions du Journal<br />

d’Yverdon, 1981), na qual focaliza buscas e tentativas para identifi car o desenhista e<br />

localizar o paradeiro de esboços, aquarelas e desenhos que incluem valioso documentário<br />

referente ao Brasil, em especial ao Rio de Janeiro.<br />

É um prazer a leitura do trabalho, no qual se aliam a história de várias gerações<br />

de uma família – Théremin – e os fatos de que participaram entre os séculos XVIII<br />

e XIX. Para os estudiosos de assuntos brasileiros, ressalta a contribuição de Charles<br />

Guillaume Théremin como cônsul do reino <strong>da</strong> Prússia, comerciante e desenhista amador,<br />

ativo no Rio de Janeiro.<br />

Eram os Théremin, cujo nome remonta na França ao século XVI, família de origem<br />

huguenote, emigrados para a Suíça, onde, durante várias gerações, exercem o ministério<br />

religioso, a par de ocupações diversas. Em contínua ascensão social, ocupam<br />

cargos de grande importância e projeção: proprietários de terras, ministros <strong>da</strong> religião<br />

protestante, pregadores, teólogos, cirurgiões. Já a partir do século XVIII transpõem as<br />

limita<strong>da</strong>s regiões suíças onde primeiramente se estabeleceram, procurando outros países<br />

– Inglaterra, Prússia, Rússia – onde trabalham e se entrelaçam com outras famílias.<br />

* Publicado na Revista <strong>da</strong> Associação Brasileira de Museologia, nº 2, Rio de Janeiro,1982.

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