Lygia da Fonseca Fernandes - Fundação Biblioteca Nacional
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grande calado (ao fundo, parte <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de) e Paisagem do interior <strong>da</strong> planície (ao fundo,<br />
montanhas); à esquer<strong>da</strong>, baluarte de uma fortaleza; 21) Ma demeure à Praia do Flamengo,<br />
depuis la fenêtre de Mons. Mary: residência apalaceta<strong>da</strong>, com janelas de guilhotina,<br />
vergas, telhado de duas águas, a vista é toma<strong>da</strong> <strong>da</strong> casa de Benjamin Mary,<br />
também excelente desenhista e que era o representante diplomático <strong>da</strong> Bélgica; 22) Vue<br />
<strong>da</strong> la Maison de Mr. Lebreton a Praya (sic) do Flamengo: outra perspectiva para a baía<br />
de Guanabara, tira<strong>da</strong> <strong>da</strong> residência de um próspero comerciante francês, estabelecido<br />
na ci<strong>da</strong>de; 23) Aquaduto Mata Cavallos: perspectiva dos Arcos <strong>da</strong> Carioca para a Rua<br />
Mata-Cavalos, atual Riachuelo, com casas de porta e janela, apainela<strong>da</strong>s; o desenho é<br />
feito aproveitando a incidência dos raios solares por entre as arca<strong>da</strong>s, obtendo o artista<br />
magnífico efeito plástico; 24) Vue depuis la montée de Sta. Tereza: <strong>da</strong>s arca<strong>da</strong>s do aqueduto<br />
em direção à Lapa, se sucedem os telhados de duas e quatro águas; ao fundo, a<br />
serra dos Órgãos; vista tira<strong>da</strong> do morro de Santa Teresa, nas imediações do morro do<br />
mesmo nome; 25) Bananier à la Tijuca, chez A. V. le Comte de Gestas, <strong>da</strong>tado "22 Febr.<br />
1818": a bananeira, pelas suas belas folhas abertas, foi sempre objeto de contemplação<br />
dos artistas europeus que se encantavam com o aspecto decorativo dos espécimens.<br />
Théremin registra este exemplar, isolando-o <strong>da</strong> paisagem para realçar sua beleza; 26)<br />
Vista <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> barra, com a Fortaleza de Sta. Cruz, ilha de Lage, morros <strong>da</strong> Urca e<br />
Pão de Açúcar: desenho a agua<strong>da</strong>, tirado <strong>da</strong>s imediações do Passeio Público; 27) Vue de<br />
l’Eglise de S. Francisco de Paula, desenho a agua<strong>da</strong>: tirado dos contrafortes do morro<br />
de Santo Antônio para o Largo de São Francisco e centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de; 28) Folha com vários<br />
desenhos, série de esboços de esplêndi<strong>da</strong> fatura, podendo ser identificados: Pertininga<br />
(praia de Piratininga), ilha <strong>da</strong>s Formigas, Sacco de João de Carvalho, Gávea: reúne<br />
esta folha vários locais e circunvizinhanças <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de; 29) Desde o banco dos Inglezes<br />
passando a Misericórdia, indo para Santa Luzia. 1818: desenho a pena, registra todo o<br />
litoral do Estado do Rio, fronteiro à ci<strong>da</strong>de, estando assinalados: pedra d’Icarahy, Lionshead,<br />
Morro <strong>da</strong> Viração, Villegagnon, O Pico, Sta. Cruz, Lage: vista toma<strong>da</strong> <strong>da</strong> praia de<br />
Santa Luzia. – 30) Callao de Lima. Na mesma folha ocorre: "N. S. <strong>da</strong> Penha 25 marz<br />
1823": a famosa igrejinha de devoção popular, no alto <strong>da</strong> encosta de pedra, é vista do<br />
mar; 31) Près de la forêt...de l’acqueduct Maison du Genl. Hoggendorpp, plus tard a.v.<br />
Mr. Brittain…: moradia do famoso militar ligado a Napoleão, que se refugiou no Rio de<br />
Janeiro, tornando-se fazendeiro; a bela residência é um exemplar <strong>da</strong> arquitetura brasileira:<br />
telhado de duas águas e varan<strong>da</strong> coberta e grades de treliça; foi também desenha<strong>da</strong><br />
por Maria Graham; 32) Desenho sem identificação: residência avaran<strong>da</strong><strong>da</strong>, com telhado<br />
de quatro águas e janelas apainela<strong>da</strong>s, rodea<strong>da</strong> de árvores frutíferas; 33) La<br />
Caxoera: fazen<strong>da</strong> chama<strong>da</strong> Cachoeira: ao longe a casa de dois an<strong>da</strong>res, telhado de duas<br />
águas; em volta, plantação destacando-se bananeiras e cana-de-açúcar; 34) Praya do<br />
Flamengo, desenho a pena. Perspectiva do trecho em que se instalara, num correr de<br />
belas residências de dois an<strong>da</strong>res, telhados de duas e quatro águas, janelas de vergas e<br />
alizares de pedra, apainela<strong>da</strong>s, portões majestosos para entra<strong>da</strong> de carruagens. Ao fundo,<br />
a silhueta dos morros Dona Marta e Corcovado e as decorativas folhas de bananeiras<br />
aparecendo sobre o muro de um quintal. Na mesma folha ocorre: Vue de la fenêtre du<br />
salon de la Gloria, desenho a pena, <strong>da</strong>tado de 1825, inspirado momento em que o artista<br />
amador fixou um dos raros documentos <strong>da</strong> iconografia de interiores brasileiros: a sala<br />
de estar de sua residência. Distingue-se a cômo<strong>da</strong> de gavetões e cadeira, na pureza de<br />
um neoclássico; o espelho ao fundo e pequenas miniaturas enquadra<strong>da</strong>s compõem a