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Lygia da Fonseca Fernandes - Fundação Biblioteca Nacional

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gens, costumes dos escravos e dos brancos, detalhes de indumentária e transportes;<br />

tudo acompanhado de textos explicativos. Além do Rio de Janeiro, também viajou por<br />

várias partes do Brasil e são conhecidos de sua autoria originais a aquarela de proprie<strong>da</strong>de<br />

de colecionadores brasileiros.<br />

As pranchas em questão foram grava<strong>da</strong>s em água-tinta colori<strong>da</strong>, processo de reprodução<br />

trabalhoso e que exige perfeita superposição <strong>da</strong> chapa de metal ca<strong>da</strong> vez que<br />

deve imprimir uma cor, a fim de que essas não se misturem. Razão pela qual devem<br />

ter sido poucos os exemplares em tiragem de luxo. É uma <strong>da</strong>s obras considera<strong>da</strong>s mais<br />

raras pelos colecionadores.<br />

***<br />

Johann Moritz Rugen<strong>da</strong>s esteve no Brasil em duas épocas. Em 1821 integrou a<br />

missão Langsdorff, <strong>da</strong> qual se afastou, mas permaneceu no Brasil até 1825. De volta à<br />

França, edita sua famosa obra bilíngue: Malesriche reise in Brasilien ou ain<strong>da</strong> Voyage<br />

pittoresque <strong>da</strong>ns le Brésil. (Paris: Engelmann & Cie, 1835). Esse conjunto, referente a<br />

diversas partes do Brasil, prima pela perfeição litográfica; os desenhos originais de Rugen<strong>da</strong>s<br />

foram copiados por artistas gráficos franceses. As numerosas estampas tornam<br />

a obra mais procura<strong>da</strong> pelas imagens do que pelo texto. São em número de 28 as que se<br />

referem ao Rio de Janeiro.<br />

De 1837 a 1841 voltou Rugen<strong>da</strong>s à América do Sul, período em que esteve no<br />

Brasil (1840-41). Deste importante artista são conhecidos alguns quadros a óleo e inúmeros<br />

desenhos em várias coleções públicas e particulares, brasileiras e estrangeiras.<br />

De seu famoso livro já foram edita<strong>da</strong>s várias traduções e alguns álbuns constituídos<br />

apenas <strong>da</strong>s estampas.<br />

***<br />

Panoramic views of Rio de Janeiro, painted by Le Capelain and litographed by James<br />

Dickson, from original sketches taken on the spot by Edward Nicolle esq. Published<br />

by Mrs. Balnes and Herbert, Liverpool. Printed by M. and Hanhart, London, s.d.<br />

Dos três artistas ligados à feitura deste álbum – Nicolle, que as copiou no local<br />

(Rio); Le Capelain, que as redesenhou em Londres à vista dos modelos originais, e Dickson,<br />

que os litografou – até a presente <strong>da</strong>ta só conseguimos apurar alguns <strong>da</strong>dos sobre<br />

o segundo citado, John Le Capelain. Aquarelista de marinhas e paisagens, ele nasceu<br />

na Inglaterra em 1818 e faleceu por volta de 1848. Autodi<strong>da</strong>ta, sabe-se que por volta<br />

de 1832 estava em Londres. Pode-se, portanto, à vista desses esclarecimentos, <strong>da</strong>tar o<br />

álbum em questão do período entre 1832-1848.<br />

O álbum é um interessante conjunto de dez litografias, to<strong>da</strong>s toma<strong>da</strong>s de Santa Teresa,<br />

e que, reuni<strong>da</strong>s pelas laterais e cola<strong>da</strong>s, formam um panorama circular, tão em mo<strong>da</strong> na<br />

época nos principais centros europeus. Apesar de <strong>da</strong>r maior ênfase à natureza – vegetação<br />

luxuriante, pássaros esvoaçando – fixa, de forma nem sempre fiel, o casario amontoado do<br />

centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de e as esparsas residências dos arredores: Ci<strong>da</strong>de Nova, Flamengo, Catete.<br />

***<br />

Sau<strong>da</strong>des do Rio de Janeiro é o título do conjunto de seis litografias com que<br />

Carlos Guilherme Theremin deixou testemunhado seu encanto pela ci<strong>da</strong>de onde passou<br />

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