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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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107diminuí<strong>do</strong> com a entrada <strong>de</strong> novas famílias nos negócios canavieiros, principalmente após oadvento <strong>do</strong> Proálcool no final da década <strong>de</strong> 70 58 .Moreira (1989), indica que os 4 maiores grupos sucroalcooleiros <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Pauloprocessaram, na safra 1975/76 30,92 % da cana moída, sen<strong>do</strong> os 8 maiores responsáveis por43,12 %. Nas safras 1979/80, 1984/85 e 1987/88, estes percentuais foram <strong>de</strong> 30,19 %, 26,33 % e26,26 % para os 4 maiores e 42,45 %, 37,85 % e 37,24 % para os 8 maiores, respectivamente.Ainda a respeito da concentração no setor sucroalcooleiro em <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong>s incentivosoficiais, para Silva (1983) a expansão da produção <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Pauloapresentou crescimento significativo nos estratos <strong>de</strong> área maiores. Os estabelecimentos commenos <strong>de</strong> 100 ha, que em 1970 produziam 18 % da cana <strong>de</strong>ste esta<strong>do</strong>, chegaram a 1975 com12,6 %. Por outro la<strong>do</strong>, os estabelecimentos com área supe<strong>rio</strong>r a 10 mil ha passaram <strong>de</strong> 37 %para 47 % <strong>de</strong> participação. Esta expansão, porém, não ocorreu única e exclusivamente emfunção <strong>de</strong> uma vocação da cana-<strong>de</strong>-açúcar para o cultivo em <strong>gran<strong>de</strong></strong>s extensões. Um cená<strong>rio</strong>propício a isto foi forma<strong>do</strong> pelo estímulo ao setor sucroalcooleiro, via Proálcool, apoia<strong>do</strong> noagravamento das contas externas <strong>do</strong> país e na elevação da inflação.Em São Paulo, a expansão concentrada nos estratos supe<strong>rio</strong>res <strong>de</strong> área teve comore<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong> a diminuição da participação <strong>do</strong>s fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana, <strong>de</strong>sloca<strong>do</strong>s em função daampliação da parcela <strong>de</strong> cana própria das usinas. No Nor<strong>de</strong>ste manteve-se o pre<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>fornece<strong>do</strong>r, mais em Pernambuco que em Alagoas. No Rio <strong>de</strong> Janeiro, porém, o número <strong>de</strong>fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana “nunca baixou <strong>de</strong> 10 mil, mais <strong>de</strong> 2/3 respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> por menos <strong>de</strong> 200 t emcada safra. A permanência prolongada <strong>de</strong>sses agentes no merca<strong>do</strong> canavieiro não se explicarianão fosse o setor controla<strong>do</strong> pelo governo” (Silva, 1983, p. 47).58 Informações mais recentes dão conta que a concentração continuava a existir: em 1991, <strong>de</strong> 62 grupos econômicos<strong>do</strong> setor, 6 respondiam por cerca <strong>de</strong> 50 % da produção <strong>de</strong> açúcar, ao passo que somente um respondia por 27 % daprodução e outro a quase 10 % (Carvalho et al, 1993).

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