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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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76pagamentos, os subsídios <strong>de</strong> juros, os amplos prazos <strong>de</strong> carência e a inexistência <strong>de</strong> correçãomonetária ou utilização <strong>de</strong> percentuais infe<strong>rio</strong>res à variação da inflação. Assim, a política <strong>do</strong>IAA compensou a perda <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z através <strong>de</strong> outros mecanismos.Em outra citação <strong>de</strong> Cid Sampaio, Gomes (1979) lembra que o caráter dasreivindicações, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s usineiros nor<strong>de</strong>stinos, embora não apenas <strong>de</strong>stes, é ilustrativo <strong>do</strong>relacionamento da classe <strong>de</strong> produtores com o Governo. Conforme Cid Sampaio, fazia-senecessária a tomada <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> emergência, <strong>de</strong> caráter financeiro, ten<strong>do</strong> em vista o colapsoeminente <strong>do</strong> setor, entre as quais propunha:“a) ... é indispensável fornecer às usinas recursos para pagamento... <strong>do</strong>s empréstimos ... ao Banco <strong>do</strong> Brasil. Assim, supre-se ainsuficiência <strong>de</strong> provisão no preço oficial <strong>de</strong> meios necessá<strong>rio</strong>s àcobertura <strong>do</strong>s custos <strong>de</strong> Produção ...; b) suspen<strong>de</strong>r as remições <strong>do</strong>sempréstimos para fusão, relocalização e mo<strong>de</strong>rnização das usinas,feitas pelo IAA, que hoje figuram como exigível, no passivo,quan<strong>do</strong>, na estrutura <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> açúcar não existe provisão pararemunerar e amortizar os investimentos fixos” (Gomes, 1979, p.141).Conforme bem lembra Gomes (1979), a pretensão <strong>de</strong> que <strong>de</strong>spesas com pagamento <strong>de</strong>empréstimos constituam custos <strong>de</strong> produção é algo completamente absur<strong>do</strong>. Esta reivindicação,entretanto, constituía a normalida<strong>de</strong> das práticas <strong>do</strong> setor. O próp<strong>rio</strong> grupo <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong>relató<strong>rio</strong> MIC-IAA-BB 32 concluiu pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um “reescalonamento <strong>do</strong>s prazos <strong>de</strong>pagamento das dívidas <strong>de</strong> muitas das usinas junto ao Banco <strong>do</strong> Brasil e ao IAA...” (Gomes,1979, p. 142).Em função da alegada baixa lucrativida<strong>de</strong> – re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>scompasso entre custos <strong>de</strong>produção e preços – o setor apresentou endividamento crescente e incessante. As operações <strong>de</strong>32 O Ministé<strong>rio</strong> da Indústria e Comércio constituiu um grupo <strong>de</strong> trabalho para estudar a situação econômicofinanceira<strong>do</strong> setor sucro-alcooleiro nos esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Pernambuco e Alagoas, com representantes da AssessoriaEconômica <strong>do</strong> Ministé<strong>rio</strong> da Indústria e Comércio, Instituto <strong>do</strong> Açúcar e <strong>do</strong> Álcool e Banco <strong>do</strong> Brasil e elaborou um<strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> circulação interna, conheci<strong>do</strong> como relató<strong>rio</strong> MIC-IAA-BB.

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