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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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206valores absolutos – e 0,664 respectivamente. Nesta simulação verificou-se que, ao aumentar aelasticida<strong>de</strong>-preço da oferta o custo <strong>de</strong> produção da proteção – o <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos daeconomia – aumentou significativamente, passan<strong>do</strong> para uma média anual <strong>de</strong> R$ 2,204 bilhões.Em contrapartida, o volume anual <strong>de</strong> rent-seeking reduziu-se para R$ 1,658 bilhões, o que já eraespera<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> em vista que a soma das áreas A e B in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> valor da elasticida<strong>de</strong>-preçoda oferta – neste caso, mudanças na elasticida<strong>de</strong> ou em outra variável afetarão a distribuiçãoproporcional das áreas A e B, visto que a soma <strong>de</strong> ambas correspon<strong>de</strong> à multiplicação <strong>do</strong>sobrepreço pela quantida<strong>de</strong> produzida. Como já era espera<strong>do</strong>, com esta alteração, o custo percapita não se modificou.Com relação à simulação na elasticida<strong>de</strong>-preço da <strong>de</strong>manda, manten<strong>do</strong>-se constante aelasticida<strong>de</strong>-preço da oferta, a única alteração é a verificada na área C – o custo <strong>de</strong> consumo daproteção – que, na estimativa original importava em R$ 80,813 milhões anuais e aumentou paraR$ 197,016 milhões, elevan<strong>do</strong> o custo per capita da intervenção para R$ 31,02 anuais – umincremento <strong>de</strong> 2,92 % em relação à estimativa original <strong>de</strong> R$ 30,14 por habitante. Este re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong>é consistente com a expectativa <strong>de</strong> que, quanto mais inelástica a <strong>de</strong>manda, menos osconsumi<strong>do</strong>res sentem o efeito da intervenção e menor oposição fazem às iniciativas <strong>do</strong>sprodutores em capturar um volume adicional <strong>de</strong> recursos.Desta forma, o fechamento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> açúcar ilustra bem a tendência <strong>do</strong>protecionismo em prover benefícios para um seleto grupo <strong>de</strong> produtores – que, individualmente,recebem um valor eleva<strong>do</strong> – às custas <strong>de</strong> um <strong>gran<strong>de</strong></strong> número <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res, cada qualarcan<strong>do</strong> com um custo pequeno. Não é surpreen<strong>de</strong>nte o fato <strong>de</strong> não haver reação contrária porparte <strong>de</strong>stes últimos: não somente o custo individual é assimilável, mas, possivelmente, a maiorparte <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res não tenha conhecimento <strong>de</strong> que está contribuin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta maneira paracom o setor – e, possivelmente, para outros setores para os quais também não têm estaconsciência.

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