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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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182quanto <strong>de</strong>mandadas. A introdução <strong>de</strong> variáveis <strong>de</strong>fasadas é freqüente na maior parte <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>srevistos, cujo pressuposto subjacente é que o efeito das variáveis explicativas sobre a variável<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte distribui-se ao longo <strong>do</strong> tempo, seguin<strong>do</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> padrão <strong>de</strong> ajustamento.No caso <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> brasileiro <strong>de</strong> açúcar, caracteriza<strong>do</strong> por forte intervençãogovernamental durante praticamente to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> em análise, Brandt & Cuenca (1982) jáconcluíam que havia uma tendência ao isolamento <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s interno e externo, ou seja, asflutuações cíclicas <strong>do</strong>s preços externos não eram refletidas no merca<strong>do</strong> interno, tanto em nível<strong>de</strong> produtor como <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>r. Conclusão semelhante foi obtida por Lima & Sampaio (1997),para os quais o preço externo corrente não exerce influência sobre o preço interno.Outros autores, como Reis & Crespo (1998), concluíram que os produtores nacionais nãoconsi<strong>de</strong>ram os preços externos no planejamento da produção, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> somente as<strong>de</strong>terminações <strong>do</strong> governo acerca das quantida<strong>de</strong>s a serem exportadas. Tal argumento encontraamparo no fato <strong>de</strong> que, até 1989, as exportações eram centralizadas pelo IAA, num sistema emque o Instituto comprava quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>terminadas <strong>do</strong>s produtores e as revendia no merca<strong>do</strong>externo aos preços correntes, assumin<strong>do</strong> eventuais ganhos ou prejuízos <strong>de</strong>stas operações<strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> diferencial <strong>de</strong> preços. O preço <strong>de</strong> aquisição <strong>do</strong> açúcar <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao merca<strong>do</strong>externo era fixa<strong>do</strong> no início <strong>de</strong> cada safra juntamente com as quantida<strong>de</strong>s a serem ofertadas porcada usina, através <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Safra. Portanto, teoricamente po<strong>de</strong>-se esperar que a sinalização<strong>do</strong> volume <strong>de</strong> aquisições influencie a produção total, enquanto que o preço vigente no merca<strong>do</strong>externo não exerça influência.Após 1989, quan<strong>do</strong> ocorreu a privatização das exportações, constata-se um acentua<strong>do</strong>crescimento <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> exportações concomitantemente a um <strong>de</strong>créscimo <strong>do</strong>s preços nomerca<strong>do</strong> interno. Isto leva à suposição <strong>de</strong> que o incremento das exportações seja um re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong>combina<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>is fatores: a busca, pelos produtores, <strong>do</strong>s ganhos que o IAA auferia nosmomentos <strong>de</strong> elevação <strong>do</strong>s preços internacionais <strong>do</strong> produto e, também, uma forma <strong>de</strong>

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