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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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1464.2 O merca<strong>do</strong> brasileiro.O Brasil é um <strong>do</strong>s maiores consumi<strong>do</strong>res mundiais <strong>de</strong> açúcar. A <strong>de</strong>manda internacaracteriza-se por um consumo per capita anual <strong>de</strong> aproximadamente 50 kg. Estima-se queaproximadamente 60 % <strong>do</strong> açúcar <strong>de</strong>stina-se ao consumo direto, sen<strong>do</strong> o restante utiliza<strong>do</strong> comomatéria-prima nas indústrias <strong>de</strong> refrigerantes, bebidas, balas, chocolates, bolachas, etc. Alémdisto, o setor movimenta uma cifra da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> US$ 8,6 bilhões ao ano, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> 346empresas, das quais 143 são <strong>de</strong>stilarias autônomas e 203 usinas <strong>de</strong> açúcar e álcool (Stal<strong>de</strong>r,1997). Para Silva & Ramos (1998), o consumo per capita no merca<strong>do</strong> brasileiro já é bastanteeleva<strong>do</strong> e seu crescimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ria fundamentalmente <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> redistribuição <strong>de</strong>renda.Durante muitos anos sujeito à intervenção governamental, somente no passa<strong>do</strong> recente osetor sucroalcooleiro nacional começou a experimentar um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sregulamentação emaior exposição às forças <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>. Esta intervenção, levada a cabo através <strong>do</strong> IAA, garantiusignificativo crescimento para o setor, principalmente após 1975 com o advento <strong>do</strong> Proálcool,conforme já comenta<strong>do</strong> no capítulo ante<strong>rio</strong>r. Entretanto, a crise <strong>do</strong> petróleo em 1973 e anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir o déficit da balança comercial brasileira, entre outros fatores, não sólevaram à criação <strong>do</strong> Proálcool como tornaram p<strong>rio</strong>ritária a obtenção <strong>de</strong>ste subproduto da canaem <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong> açúcar. A atuação <strong>do</strong> governo foi no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> primeiro garantir oabastecimento <strong>do</strong>méstico <strong>de</strong> álcool – hidrata<strong>do</strong> principalmente – para a frota crescente <strong>de</strong>veículos movi<strong>do</strong>s por este combustível. Brunelli (1996, p. 25), embora julgan<strong>do</strong> excessiva aintervenção <strong>do</strong> governo no setor, reconhece que a mesma “tem evita<strong>do</strong> excessos ou escassezacentua<strong>do</strong>s, garantin<strong>do</strong> o abastecimento regular <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s interno e externo e a prática <strong>de</strong>preços estáveis aos produtores e consumi<strong>do</strong>res nacionais”.

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