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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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209cada qual com a sua fatia previamente <strong>de</strong>signada. Daí a impressão ressaltada por vá<strong>rio</strong>s autores<strong>de</strong> que é necessá<strong>rio</strong> muito <strong>de</strong>scui<strong>do</strong> para levar uma usina <strong>de</strong> açúcar à falência 102 .O esforço <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> setor empreendi<strong>do</strong> pelo IAA ao longo da década <strong>de</strong> 1970,utilizan<strong>do</strong> os recursos disponíveis no Fun<strong>do</strong> Especial <strong>de</strong> Exportação 103 , obteve relativo êxito,pois que a concentração no setor e o aumento na escala média das usinas foram alcança<strong>do</strong>s. Oobjetivo primordial <strong>do</strong> Instituto – a manutenção da produção interna e sua a<strong>de</strong>quação àsnecessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> consumo e das exportações, o chama<strong>do</strong> equilíb<strong>rio</strong> estatístico – também foialcança<strong>do</strong>. Assim, os representantes <strong>do</strong> setor sempre ressaltam o aspecto positivo daintervenção: nunca houve falta <strong>de</strong> açúcar no merca<strong>do</strong> interno – embora o mesmo não possa serdito <strong>do</strong> álcool combustível. Porém, é evi<strong>de</strong>nte que, com o merca<strong>do</strong> garanti<strong>do</strong> e toda sorte <strong>de</strong>auxílios recebi<strong>do</strong>s, não se po<strong>de</strong>ria esperar outro tipo <strong>de</strong> afirmação.Entretanto, o ressarcimento ao IAA <strong>do</strong>s empréstimos recebi<strong>do</strong>s para este fim nãoconstituiu uma p<strong>rio</strong>rida<strong>de</strong> para o setor. Até sua extinção em 1990, o Instituto continuava cre<strong>do</strong>r<strong>do</strong>s usineiros e sem perspectiva <strong>de</strong> recebimento <strong>do</strong>s valores <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s. Também foi visto que, pelocontrá<strong>rio</strong>, em algumas oportunida<strong>de</strong>s chegou mesmo a efetuar o pagamento <strong>de</strong> dívidascontraídas pelo setor junto a cre<strong>do</strong>res externos.Da mesma forma, juntamente com a política <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e concentração <strong>do</strong> setor,foram obti<strong>do</strong>s avanços <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, tanto agrícola quanto industrial, principalmente a partirda década <strong>de</strong> 1980, mas o diferencial existente entre o rendimento verifica<strong>do</strong> na região Norte-Nor<strong>de</strong>ste e aquele verifica<strong>do</strong> na região Centro-Sul não foi elimina<strong>do</strong>, motivo pelo qual aequalização <strong>de</strong> preços, prevista para ser temporária, acabou tornan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong>finitiva. Aoexaurirem-se os recursos <strong>do</strong> FEE, a solução encontrada foi, outra vez, o repasse da conta para os102 Ramos (1991, p. 317) concluiu que os privilégios concedi<strong>do</strong>s aos usineiros “são, no mínimo, exagera<strong>do</strong>s, paranão dizer algo mais forte”.103 Os valores libera<strong>do</strong>s pelo FEE até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1977 alcançaram a R$ 8 bilhões, em valores <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong>2000.

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