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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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72Porém, a Resolução nº 619/51 e outras que a suce<strong>de</strong>ram, tinha propósitos mais amplos,pois previa a constituição <strong>de</strong> um Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Reequipamento com os recursos provenientes dasdiferenças entre os preços <strong>de</strong> liquidação e <strong>de</strong> faturamento. Esses recursos <strong>de</strong>veriam <strong>de</strong>stinar-sep<strong>rio</strong>ritariamente aos seguintes objetivos:a) compensação <strong>de</strong> fretes para permitir a equivalência <strong>de</strong> preços nos diversos centrosconsumi<strong>do</strong>res;b) financiamento da produção e ampliação <strong>do</strong> parque açucareiro e alcooleiro;c) custeio <strong>de</strong> insumos e da assistência técnica à lavoura canavieira;d) financiamento para a instalação e ampliação da indústria <strong>de</strong> borracha sintética baseada noálcool <strong>de</strong> cana.Os produtores não aceitaram esta legislação, principalmente os <strong>de</strong> São Paulo, que não seconformavam com o princípio <strong>do</strong> sobrepreço e, anos mais tar<strong>de</strong>, provocaram a revogação <strong>de</strong>toda a Resolução, conseguin<strong>do</strong> a isenção <strong>do</strong>s débitos correspon<strong>de</strong>ntes às taxas, sobretaxas econtribuições inci<strong>de</strong>ntes e não pagas sobre a produção <strong>de</strong> açúcar das safras <strong>de</strong> 1963 a 1965.Jungman (1971, cita<strong>do</strong> por Queda, 1972) comenta que tal fato foi uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> força <strong>do</strong>setor, ten<strong>do</strong> em vista que a isenção havia si<strong>do</strong> vetada pelo presi<strong>de</strong>nte Castello Branco e o vetofoi <strong>de</strong>rruba<strong>do</strong> pelo Congresso Nacional, mesmo num perío<strong>do</strong> em que um veto não podia serrejeita<strong>do</strong>. Mesmo enquanto vigorou, a legislação não foi suficiente para modificar a situação.No início da década <strong>de</strong> 60, continuava existin<strong>do</strong> a distância entre o setor nor<strong>de</strong>stino e o<strong>sul</strong>ista. A distância entre a eficiência técnica <strong>de</strong> cada região parecia, isto sim, aumentar a cadaano. Isto gerou um padrão <strong>de</strong> políticas protecionistas à parcela nor<strong>de</strong>stina <strong>do</strong> setor. Esta políticaapresentou <strong>de</strong>feitos graves, ao não conseguir mudar o rumo que a distância entre o Centro-Sul eo Nor<strong>de</strong>ste apresentava. A<strong>de</strong>mais, a política que justifica a intervenção no setor – garantir asobrevivência <strong>do</strong> setor, através <strong>de</strong> medidas paliativas periódicas para não <strong>de</strong>ixá-lo sucumbir –

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