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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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112Moreira (1989) <strong>de</strong>staca que alguns usineiros <strong>de</strong> São Paulo enviaram estu<strong>do</strong> ao ConselhoNacional <strong>de</strong> Petróleo, no qual propunham o aumento da produção <strong>de</strong> álcool por intermédio <strong>de</strong><strong>do</strong>is programas: o primeiro previa incentivos à utilização da capacida<strong>de</strong> ociosa das <strong>de</strong>stilariasanexas e o segun<strong>do</strong> previa incentivos à construção <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilarias autônomas. Sugeriam também aelevação <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong> álcool <strong>de</strong> forma a tornar sua produção indiferente ao açúcar e aconcessão <strong>de</strong> financiamentos para o setor realizar a expansão da produção.É interessante notar que este posicionamento foi assumi<strong>do</strong> pelo setor sucroalcooleirocomo um to<strong>do</strong> perante esta nova conjuntura:“o setor canavieiro, por sua vez, pressentin<strong>do</strong> dificulda<strong>de</strong>s,percebeu no álcool, até então um produto <strong>de</strong> segunda p<strong>rio</strong>rida<strong>de</strong>,uma alternativa na sustentação <strong>de</strong> seus ganhos. Das negociações epressões exercidas, re<strong>sul</strong>tou a fixação, em 1975, <strong>de</strong> um preço <strong>de</strong>parida<strong>de</strong> entre álcool e o açúcar (44 l - 60 Kg), medida queantece<strong>de</strong>u a instituição <strong>do</strong> Programa Nacional <strong>do</strong> Álcool, emnovembro <strong>do</strong> mesmo ano. Cabe, pois, ressaltar que o aparecimento<strong>de</strong>ste programa aten<strong>de</strong>u, ao menos inicialmente, bem mais aosobjetivos <strong>do</strong> setor canavieiro <strong>do</strong> que se constituiu em legítimaresposta <strong>de</strong> política a uma pon<strong>de</strong>rável crise energética. A proposta<strong>de</strong> substituição da gasolina e não <strong>de</strong> petróleo, esta sim a verda<strong>de</strong>irasangria <strong>de</strong> divisas, foi uma aparente incongruência a reiterar oponto <strong>de</strong> vista exposto” (Silva, 1983, p. 42).Conforme Silva (1983), até 1977 o Proálcool apresentou re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>stos,apresentan<strong>do</strong> ainda dilemas <strong>de</strong> complicada superação 64 . O primeiro <strong>de</strong>les foi o da sua condução,por fim conferida a uma frente <strong>de</strong> ministé<strong>rio</strong>s, o que roubou importância ao IAA, órgãoencarrega<strong>do</strong> <strong>do</strong> planejamento <strong>do</strong> setor. Seria <strong>de</strong> se esperar que coubesse ao IAA tomar adianteira na condução <strong>do</strong> Proálcool. No entanto, em novembro <strong>de</strong> 1975, c<strong>rio</strong>u-se uma novaestrutura, paralela ao IAA, para administrar o novo programa que iniciava, a Comissão Nacional<strong>do</strong> Álcool, mais tar<strong>de</strong> Comissão Executiva <strong>do</strong> Álcool – Cenal.64 Sobre o conflito <strong>de</strong> interesses em jogo na <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> responsável pela condução <strong>do</strong> Proálcool, ver Santos(1989).

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