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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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1755.2 A escolha <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> e a estimação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo econométrico.Nos estu<strong>do</strong>s a respeito <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> açucareiro brasileiro não há referência ao emprego <strong>de</strong>méto<strong>do</strong>s simultâneos para a estimação <strong>do</strong>s parâmetros <strong>de</strong> oferta e <strong>de</strong>manda no merca<strong>do</strong> interno.A exceção é o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Barros et al (1976), mas, ainda assim, os autores apenas parcialmente 79empregaram o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> mínimos quadra<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is estágios. Obviamente, a escolha <strong>de</strong> umaou outra forma <strong>de</strong> estimação tem suas implicações. A estimação <strong>de</strong> equações únicas, tanto <strong>de</strong>oferta quanto <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda, embora possa constituir uma razoável aproximação aos objetivosgerais, conduz à estimativas com proprieda<strong>de</strong>s infe<strong>rio</strong>res às <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s sistêmicos.O que ocorre é que a suposição <strong>de</strong> relação causal unidirecional entre as variáveis <strong>de</strong>interesse em muitos casos é irreal. No mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equação única no contexto <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo linearclássico, por exemplo, assume-se que o preço influencia a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mandada, mas não ocontrá<strong>rio</strong>. Porém, como mesmo os manuais básicos <strong>de</strong> economia mostram, a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> causaçãopo<strong>de</strong>ria ser especificada mais a<strong>de</strong>quadamente como bidirecional, com a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mandadae o preço interagin<strong>do</strong> e sen<strong>do</strong> simultaneamente <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s.Em um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>sta natureza, a variável explicativa, o preço neste caso, não é maisin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> termo perturbação, violan<strong>do</strong> o pressuposto básico <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo linear clássico.Por exemplo, uma perturbação positiva na equação <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda gera um <strong>de</strong>slocamento paracima na curva <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda, alcançan<strong>do</strong> um preço <strong>de</strong> equilíb<strong>rio</strong> mais eleva<strong>do</strong> e,conseqüentemente, novos valores <strong>de</strong> preço e quantida<strong>de</strong> ofertada, o que os torna relaciona<strong>do</strong>spositivamente à perturbação. A questão, portanto, é que não se po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a função<strong>de</strong>manda isoladamente quan<strong>do</strong> se estuda a relação entre preços e quantida<strong>de</strong>s. Equações79 Os autores justificaram que, na equação <strong>de</strong> oferta, não havia variáveis endógenas explicativas. Não observaram,porém, a inter<strong>de</strong>pendência entre as variáveis quantida<strong>de</strong> ofertada e preço como na exposição que segue.

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