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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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158subvencionista 74vigente ante<strong>rio</strong>rmente. Os expedientes utiliza<strong>do</strong>s na condução <strong>do</strong> setorcontribuíram para <strong>de</strong>sfavorecer a criação <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> concorrência entre os produtores, oque po<strong>de</strong> explicar, parcialmente, a relativa falta <strong>de</strong> importância <strong>do</strong> progresso técnico.Porém, o mesmo autor ressalta que“não obstante, as crises financeira e fiscal <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> nas décadas<strong>de</strong> 80 e 90, pari passu às variações <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s <strong>do</strong> açúcar e <strong>do</strong>álcool, revelaram a existência <strong>de</strong> produtores (especialmente <strong>de</strong> SãoPaulo) que optaram pelo maior <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico <strong>de</strong>suas estruturas produtivas, seja no âmbito agrícola, seja no âmbitoindustrial, <strong>de</strong>marcan<strong>do</strong> uma outra dinâmica nesse processo <strong>de</strong>evolução diferenciada da agroindústria canavieira no Brasil”(Shikida, 1997, p. 2).No mesmo senti<strong>do</strong>, Eid (1996) i<strong>de</strong>ntifica uma série <strong>de</strong> procedimentos internos das usinaspaulistas em direção à redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> produção, tanto na parte agrícola como na industrial,ressaltan<strong>do</strong> que algumas usinas <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste também acompanharam tal esforço. Através <strong>de</strong>estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso junto à usinas paulistas, Eid (1996) procurou <strong>de</strong>monstrar o processo <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>rnização tecnológica conduzi<strong>do</strong> pelos <strong>gran<strong>de</strong></strong>s grupos empresariais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> SãoPaulo.O transporte da cana-<strong>de</strong>-açúcar da lavoura para a usina foi a primeira ativida<strong>de</strong> a sermo<strong>de</strong>rnizada. Em seguida, ao final da década <strong>de</strong> 60, implantou-se o carregamento mecânico emsubstituição ao uso <strong>de</strong> operá<strong>rio</strong>s agrícolas. No início <strong>do</strong>s anos 90, já havia tecnologia disponívelque permitia o corte <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> diversas maneiras: cana vertical ou horizontal; crua ouqueimada; inteira ou cortada em pedaços <strong>de</strong> 60 cm (cana-planta) ou <strong>de</strong> 20 cm (cana industrial).Já os novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> máquinas <strong>de</strong>positam a cana cortada diretamente sobre o caminhão, oque significa a eliminação da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carregamento mecânico. Com a mecanização <strong>do</strong> corte74 Para este autor, o paradigma subvencionista garantia a sobrevivência <strong>do</strong> setor, através <strong>de</strong> expedientes como cotas<strong>de</strong> produção (reserva <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>), fixação <strong>de</strong> preços (margens mínimas <strong>de</strong> lucro) e concessão <strong>de</strong> subsídios(estímulo direto à ativida<strong>de</strong>).

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