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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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41que conseguiu quebrar um círculo vicioso <strong>de</strong> miséria e parasitismo. Portanto, <strong>de</strong>mocracia e<strong>de</strong>senvolvimento são incompatíveis; Huntington e Nelson (1976), que também argumentam nomesmo senti<strong>do</strong> e Kahn (1979), para quem a preferência é <strong>do</strong> crescimento econômico em<strong>de</strong>trimento à <strong>de</strong>mocracia. Como exemplo, este último autor cita que, em geral, os Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s da América pressionam os outros países <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> para que tenham <strong>de</strong>mocracia, mas emum país muito pobre, o crescimento econômico po<strong>de</strong> ser mais importante que to<strong>do</strong>s os direitos eliberda<strong>de</strong>s.Andreski (1969) refere-se à <strong>de</strong>fasagem <strong>de</strong> investimento e capital e conseqüentenecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha entre investimentos para o futuro ou consumo imediato. Wee<strong>de</strong> lembratambém o argumento <strong>de</strong> Bauer (1981), no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que a ausência <strong>de</strong> promessas <strong>de</strong> eleições euma economia aberta com governo limita<strong>do</strong>, reduzem os prêmios da ativida<strong>de</strong> política e,portanto, o interesse em organizar grupos <strong>de</strong> pressão. O mais importante para a maior parte <strong>do</strong>povo é se o governo é ou não controla<strong>do</strong> e não se é ou não é eleito. A ausência <strong>de</strong> eleições é umavantagem porque o povo concentra os esforços em trabalhar e não em pressões políticas portransferência <strong>de</strong> renda.Wee<strong>de</strong> comenta que três estu<strong>do</strong>s empíricos concluem que o autoritarismo ten<strong>de</strong> apromover o crescimento econômico, enquanto a <strong>de</strong>mocracia ten<strong>de</strong> a retardá-lo. Apenas umestu<strong>do</strong> contradiz este re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong>. No entanto, Wee<strong>de</strong> critica estes estu<strong>do</strong>s, pois são afeta<strong>do</strong>s poruma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imperfeições nos da<strong>do</strong>s e na meto<strong>do</strong>logia utilizada.As hipóteses <strong>de</strong> Wee<strong>de</strong> são as seguintes:a) quanto mais <strong>de</strong>mocrático, há maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem menores as taxas <strong>de</strong>crescimento <strong>do</strong> país;b) o impacto negativo da <strong>de</strong>mocracia nas taxas <strong>de</strong> crescimento é maior nos países menos<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s que em qualquer outro lugar;

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