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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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79atuação <strong>do</strong> IAA. A Lei nº 4.870 – que previa o estabelecimento <strong>de</strong> limites anuais <strong>de</strong> produção,através da fixação <strong>de</strong> cotas <strong>de</strong> produção, cotas <strong>de</strong> fornecimento, limites <strong>de</strong> produção, proibições<strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> açúcar entre regiões, monopólio pelo Governo das exportações <strong>do</strong> produto e odisciplinamento da comercialização interna – bem como as que a antece<strong>de</strong>ram, garantia omerca<strong>do</strong> para os produtores já estabeleci<strong>do</strong>s, com a imposição <strong>de</strong> forte barreira à entrada <strong>de</strong>novos competi<strong>do</strong>res: a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que estes obtivessem junto ao IAA uma cota <strong>de</strong>produção 39 .Conforme Mont’Alegre (1980, p. 19):“se alguém quiser instalar ou reaparelhar uma usina, <strong>de</strong>verápreliminarmente se dirigir ao IAA. A ele caberá dizer se é ou nãoconveniente o empreendimento, ten<strong>do</strong> em vista os interesses jáempenha<strong>do</strong>s no setor 40 , ou os problemas <strong>de</strong> equilíb<strong>rio</strong> econômicoregional. A admissão <strong>de</strong> fornece<strong>do</strong>res novos por uma usina, estásempre na <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> certas regras”.Como re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong> da política <strong>do</strong> IAA, passou-se a assistir a“um aparentemente interminável e insolúvel processo <strong>de</strong><strong>de</strong>te<strong>rio</strong>ração da eficiência produtiva da economia açucareiranor<strong>de</strong>stina, contra o qual a única reação da classe empresarial éreivindicar cada vez mais e mais a proteção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. E contra oqual a única reação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> é a <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r seu manto protetor,que é também uma forma <strong>de</strong> impedir que as dificulda<strong>de</strong>s sejamrealmente solucionadas, pois cada vez se torna, para osempresá<strong>rio</strong>s, menos necessá<strong>rio</strong> alcançar estas soluções” (Gomes,1979, p. 147 – 8).Para Gomes (1979), apoian<strong>do</strong>-se no IAA, o setor nor<strong>de</strong>stino garantiu a reserva <strong>de</strong> ummerca<strong>do</strong> suficiente para assegurar seu crescimento em termos absolutos – ainda que não emtermos relativos, ten<strong>do</strong> em vista o crescimento da produção sucroalcooleira <strong>do</strong> Centro-Sul <strong>do</strong>país, notadamente São Paulo – possibilita<strong>do</strong> pela expansão global <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> no país. Isto foimesmo preço por ela? ... por que investir em aumento da produtivida<strong>de</strong>, se se vai esbarrar no problema da limitaçãoda produção, ou melhor, se já estão dadas tanto a quota <strong>de</strong> fornecimento como a <strong>de</strong> produção?”.39 Via lobby junto ao Instituto ou através da aquisição <strong>de</strong> uma cota já existente. O IAA controlava a expansão dacapacida<strong>de</strong> instalada <strong>do</strong> setor, sen<strong>do</strong> necessária uma autorização <strong>de</strong>ste para a expansão ou instalação <strong>de</strong> uma novausina.40 Grifos <strong>de</strong>ste autor.

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