12.07.2015 Views

universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

153foram, principalmente, re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>is fenômenos que marcaram os anos 80: a escaladainflacionária e os choques econômicos <strong>de</strong> estabilização.Brugnaro & Oliveira Neto (1992) analisaram a evolução <strong>do</strong>s preços da cana, <strong>do</strong> açúcar e<strong>do</strong> álcool durante a década <strong>de</strong> 80 para as regiões Centro-Sul e Norte-Nor<strong>de</strong>ste. Toman<strong>do</strong> comobase a média <strong>de</strong> preços recebi<strong>do</strong>s pelos produtores <strong>do</strong> Centro-Sul no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> setembro anovembro <strong>de</strong> 1980, os autores i<strong>de</strong>ntificaram uma nítida tendência <strong>de</strong> queda <strong>do</strong>s preços reais <strong>do</strong>strês produtos em análise. A queda mais acentuada foi verificada no preço da cana-<strong>de</strong>-açúcar, emseguida para o açúcar e a menor foi para o álcool. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1990, o preço <strong>do</strong> açúcarrecebi<strong>do</strong> pelos produtores <strong>do</strong> Centro-Sul correspondia a 44,8 % da média set./nov. 1980 e, paraos produtores <strong>do</strong> Norte-Nor<strong>de</strong>ste, correspondia a 55,8 %.Vian (1997), utilizan<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da Datagro – empresa <strong>de</strong> con<strong>sul</strong>toria especializada nosetor sucroalcooleiro – também constata significativa redução no preço real <strong>do</strong> açúcar para osprodutores. Toman<strong>do</strong> como base o preço vigente em 1978, em julho <strong>de</strong> 1996 o preço aoprodutor correspondia a somente 36,71 % <strong>do</strong> original. Mesmo consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que o nível <strong>de</strong>preços ao produtor, em 1978, foi o segun<strong>do</strong> mais eleva<strong>do</strong> <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, foi significativa a redução<strong>de</strong> preços.Em dólares correntes, a remuneração ao produtor apresentou certa constância ao longodas décadas <strong>de</strong> 1970 a 1990, tal como aponta<strong>do</strong> por Lima & Silva (1995), ressaltan<strong>do</strong> queapenas eventuais atrasos no câmbio seriam motivo para reclamação por parte <strong>do</strong>s usineiros,como po<strong>de</strong> ser visto no gráfico 17 adiante. De fato, o problema da redução <strong>do</strong>s preços ressurgecom a análise da evolução da taxa <strong>de</strong> câmbio real no perío<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> em vista que a mesmaatualmente encontra-se em patamar infe<strong>rio</strong>r ao <strong>do</strong> início da década <strong>de</strong> 1970.Tal situação, porém, refletia, <strong>de</strong>ntre outros motivos, a menor disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capitaisexternos e a política <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalorização cambial – principalmente durante a década <strong>de</strong> 80 – e,portanto, naturalmente a cotação da moeda estrangeira era mais elevada. À medida que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!