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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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152Apesar da recuperação ocorrida em 1992 e 1993, a queda no segun<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> foi maisacentuada que aquela que vinha ocorren<strong>do</strong> até a extinção <strong>do</strong> IAA em 1990. Esta tendência <strong>de</strong>redução <strong>do</strong>s preços recebi<strong>do</strong>s pelos produtores também foi constatada por outros autores, nãosomente com relação ao açúcar, mas também para o álcool e a cana-<strong>de</strong>-açúcar.Manoel (1986), comenta que, até o início <strong>do</strong> Proálcool, a <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>sprodutos <strong>do</strong> setor sucroalcooleiro <strong>de</strong>limitava-se a uma relação <strong>do</strong> preço internacional <strong>do</strong> açúcarcom o preço interno e, a partir <strong>de</strong>stes, obtinham-se os preços e cotas para a cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong>cada região. Enquanto os preços internacionais eram atraentes, a política interna estimulava aprodução e a exportação, acumulan<strong>do</strong> sal<strong>do</strong>s no Fun<strong>do</strong> Especial <strong>de</strong> Exportação. Nos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong>baixas cotações internacionais, a política <strong>do</strong> governo dirigia-se no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> reduzir a produçãoe viabilizar a exportação gravosa <strong>do</strong> produto. Após a implantação <strong>do</strong> Proálcool, a produção e ospreços <strong>do</strong>s produtos <strong>do</strong> setor passaram a ter relação com outras variáveis, tais como a questãoenergética, o equilíb<strong>rio</strong> <strong>do</strong> balanço <strong>de</strong> pagamentos, a política cambial e, principalmente, com ospreços e disponibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> petróleo no merca<strong>do</strong> internacional.Analisan<strong>do</strong> o comportamento <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> preços recebi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> produtos agrícolasno perío<strong>do</strong> 1970 a 1994, Vegro & Ferreira (1996, p. 38) utilizaram <strong>do</strong>is subperío<strong>do</strong>s: 1970 – 83e 1983 – 94. Justificam esta divisão em função <strong>do</strong> “esgotamento das políticas públicas para aagricultura a partir <strong>de</strong> 1983 ...”. No caso da cana-<strong>de</strong>-açúcar, a taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong> índice <strong>de</strong>preços foi negativa em 3,37 % ao ano para o perío<strong>do</strong> total, verifican<strong>do</strong>-se significativa reduçãono segun<strong>do</strong> subperío<strong>do</strong> (– 9,07 %) e um crescimento positivo (1,37 % ao ano) no primeiro. Pelaanálise gráfica apresentada por estes autores, po<strong>de</strong>-se a<strong>do</strong>tar divisão ligeiramente diferenciada,verifican<strong>do</strong>-se que no perío<strong>do</strong> 1970 – 81 o preço recebi<strong>do</strong> foi crescente, inician<strong>do</strong>-se então umaqueda acentuada até 1989 e poste<strong>rio</strong>r estabilização até 1994. Os produtos com maior vinculaçãocom merca<strong>do</strong>s externos, como cacau e café, apresentaram quedas ligeiramente supe<strong>rio</strong>res às dacana-<strong>de</strong>-açúcar e soja, ressaltan<strong>do</strong> que as taxas negativas encontradas no segun<strong>do</strong> perío<strong>do</strong>

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