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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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163pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mecanização <strong>do</strong> corte da cana e fuga da seca – o fluxo só não tem si<strong>do</strong>maior em função da <strong>de</strong>scapitalização <strong>do</strong> setor. Com a extinção <strong>do</strong> IAA e também <strong>de</strong> seuprograma <strong>de</strong> melhoramento – o Planalsucar – o Nor<strong>de</strong>ste sofreu a conseqüência <strong>do</strong> fim <strong>do</strong>sinvestimentos públicos em tecnologia e da <strong>de</strong>sestruturação <strong>de</strong>corrente <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> IAA. ParaRands, estes fatores impediram que o Nor<strong>de</strong>ste alcançasse os mesmos índices <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><strong>do</strong> Centro-Sul, explican<strong>do</strong> que aqueles empresá<strong>rio</strong>s que investiram em pesquisa e<strong>de</strong>senvolvimento tem obti<strong>do</strong> bom <strong>de</strong>sempenho (Raposo, 1999).Em relação ao processo <strong>de</strong> relocalização <strong>de</strong> usinas, Ramos (1999) afirma que“uma evidência da importância que tinha o forte apoio estatal aocomplexo canavieiro no Brasil está no fato <strong>de</strong> que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inícioda atual década, ele vem passan<strong>do</strong> por um processo <strong>de</strong>concentração/centralização <strong>de</strong> capital, cuja manifestação é ofechamento <strong>de</strong> muitas empresas nas duas regiões produtoras, e um<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> capitais no territó<strong>rio</strong> brasileiro” (Ramos, 1999, p.18).Entretanto, a maioria <strong>do</strong>s produtores reclama a manutenção <strong>de</strong> subsídios, asseguran<strong>do</strong>que o Nor<strong>de</strong>ste não po<strong>de</strong> sobreviver sem os mesmos. Para o Sindicato da Indústria <strong>do</strong> Açúcar <strong>de</strong>Pernambuco – Sindaçúcar – o valor <strong>do</strong> subsídio pago pelo Governo <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong> R$ 9,40 portonelada <strong>de</strong> cana, ao invés <strong>do</strong>s R$ 5,07 pagos à época. Para Rands, tais subsídios não sãojustificáveis, pois o Nor<strong>de</strong>ste já apresenta um custo <strong>de</strong> produção mais baixo em relação ao resto<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, precisan<strong>do</strong>, isto sim, começar a investir em tecnologia para eliminar a <strong>de</strong>svantagemem relação ao Centro-Sul (Raposo, 1999).Como outra forma <strong>de</strong> pressão, Franco & Raposo (1999) comentam o protesto <strong>do</strong>sfornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana realiza<strong>do</strong> em Recife. Tal protesto foi motiva<strong>do</strong> pela suspensão <strong>do</strong>spagamentos efetua<strong>do</strong>s pelo Programa <strong>de</strong> Equalização <strong>do</strong>s Custos da Cana-<strong>de</strong>-Açúcar em maio<strong>de</strong> 1999. Os aportes <strong>de</strong>ste programa alcançavam R$ 15 milhões mensais e beneficiavam 10 milfornece<strong>do</strong>res e 99 usinas em sete esta<strong>do</strong>s produtores <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste. O protesto contou com cerca

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