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universidade federal do rio grande do sul faculdade de ciências ...

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54mesmas razões po<strong>de</strong>m ser aplicadas às relações entre agentes priva<strong>do</strong>s e a única forma <strong>de</strong> evitara criação <strong>de</strong> rendas é um conjunto <strong>de</strong> relações imutáveis na socieda<strong>de</strong>.Para Me<strong>de</strong>ma (1991), esta revisão é especialmente importante quan<strong>do</strong> o conceito <strong>de</strong> rentseekingliga<strong>do</strong> ao <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos dá margem ao argumento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> mínimo – quepara o autor é uma falácia, pois o governo é, ao mesmo tempo, variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte ein<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, simultaneamente <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong> e sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> por várias forças nasocieda<strong>de</strong>, pois que é utiliza<strong>do</strong> por vá<strong>rio</strong>s agentes econômicos <strong>de</strong>sejosos que o governo atue emfavor <strong>de</strong> seus interesses. Portanto, a questão não é mais ou menos rendas, mas rendas paraquem. A solução <strong>de</strong>sta questão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong>s objetivos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s para a socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> comodiferentes distribuições <strong>de</strong> direitos são afetadas por esta <strong>de</strong>cisão.Outro ponto que também merece <strong>de</strong>staque é o fato <strong>de</strong> que os autores analisa<strong>do</strong>s partemda suposição <strong>de</strong> que há uma distorção no merca<strong>do</strong>, mas não explicam exatamente como elasurge. Por exemplo, no caso das cotas <strong>de</strong> importação analisadas por Krueger (1974) não hájustificativa para sua existência: teriam si<strong>do</strong> criadas por obra e graça <strong>de</strong> um ministro? Ou seria<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> divisas no montante necessá<strong>rio</strong> para suprir os pagamentosao exte<strong>rio</strong>r? Neste senti<strong>do</strong>, Tollison (1982) aponta diversos <strong>de</strong>senvolvimentos ainda a seremrealiza<strong>do</strong>s.Neste caso a questão central foi bem colocada por Ashoff (1989): o que <strong>de</strong>ve serdiscuti<strong>do</strong> não é a alternativa Esta<strong>do</strong> X Merca<strong>do</strong>, mas sim a qualida<strong>de</strong> e a competência daintervenção estatal. Como Pincus (1975) já <strong>de</strong>monstrou, os grupos <strong>de</strong> pressão tem papelimportante na criação <strong>de</strong> rendas e o Esta<strong>do</strong> não está imune a este tipo <strong>de</strong> lobby. Se hoje astentativas <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> proteção não sejam mais via tarifas ou cotas, as pressões se dão nosenti<strong>do</strong> <strong>de</strong> exigências <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> certifica<strong>do</strong>s ISO 9000 e/ou 14000, legislações sobre direitoshumanos e/ou trabalho infantil, certifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> origem e <strong>de</strong> sanida<strong>de</strong>, etc., sob a proteção <strong>de</strong>

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