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182A mediação como princípio e aconcretização do acesso à justiçaGustavo Henrique Baptista Andrade Há pelo menos quinze anos, oestudo da mediação v<strong>em</strong> crescendode maneira vertiginosa, ocupandoatualmente a pauta de diversasdiscussões acadêmicas e chamando aatenção do poder público.Em congresso realizado <strong>em</strong>Brasília-DF, de 3 a 5 de março de2008, a professora da Universidade deGeorgetown <strong>em</strong> Washington, DC,palestrante norte-americana CarrieMenkel-Meadow (2008), definiu amediação como o próximo estágio dodesenvolvimento humano. Além doimpacto, tal declaração traz consigo anítida convicção da necessidade deser desenvolvida uma cultura de pazapta a criar um ambiente propício àsua diss<strong>em</strong>inação.O caminho jurídico para oalcance desse objetivo passa,indubitavelmente,pelaMestre <strong>em</strong> Direito Civil pela UniversidadeFederal de Pernambuco; especialista <strong>em</strong>Direito Privado pela Escola da Magistraturade Pernambuco; professor da FaculdadeSalesiana do Nordeste; procurador judicialdo Município do Recife.constitucionalidade do instituto damediação, mas não somente por isso.É possível caracterizar a mediaçãocomo um princípio, entendido <strong>aqui</strong>como norma de conduta.No ordenamento brasileiro pós-1988, uma das transformações maissignificativas foi o potencial acesso docidadão ao Poder Judiciário na buscapela efetividade da justiça.De fato, após duas décadas deautoritarismo, quando parcos foram osinvestimentos <strong>em</strong> mecanismos ded<strong>em</strong>ocratização na relação entre ocidadão e os organismos de poder, aConstituição de 1988 fez renascer oexercício da cidadania, e surgir, porconsequência, forte expectativa nasociedade de que o Poder Judiciárioteria solução para todas as mazelassociais, todos os probl<strong>em</strong>asenfrentados pela população.Essa expectativa traduziu-se<strong>em</strong> uma incessante e progressivabusca pelo acesso formal ao PoderJudiciário.No entanto, fatores ligados àausência do Estado brasileiro <strong>em</strong>áreas fundamentais como educação,saúde e segurança, à difícil percepção

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