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203caracterizando os probl<strong>em</strong>asexistenciais que vão perpetuar-se aolongo da vida. Beauvoir (1980)ressalta que os primeiros conflitosexistenciais ocorr<strong>em</strong> no período daadolescência e juventude, momentode escolhas e de percepção das falhasdos paradigmas intocáveis, a ex<strong>em</strong>plodos pais e da religião, sendo ajuventude f<strong>em</strong>inina consumida pelaespera: de um hom<strong>em</strong>.A grande crítica encontrada éque, ao longo da história, a mulher foiinstrumentalizada a ser um Ser paraUM OUTRO, HOMEM, e não para simesma. O probl<strong>em</strong>a existencial entãocolocado é: de que modo se conceberlivre se todas as estruturas feitas paraprendê-la, seja de forma subjetiva(legitimando a mulher comosensibilidade e paixões), seja objetivaquando ela só pode SER ao lado deoutro Ser que é o masculino? Por isso“o segundo sexo”, ou seja, aquele queespera, que obedece, que existe <strong>em</strong>função do Um.Ainda é muito frequentedeparar-se com situações de violênciacontra a mulher durante o processo deacolhida e atendimento, d<strong>em</strong>onstrandoque, para além das questõesestruturais e de garantia de direitospara filhos e filhas, a procura damediação como possibilidade pararesolver conflitos ultrapassa o querergarantir a existência da criança; é umespaço de autoafirmação de suaidentidade, é o cume de conflitosexistenciais e de violência ocorridos,que não possibilita mais nenhum tipode relação com o Outro com qu<strong>em</strong>passou parte da vida, ou algumasvezes apenas alguns momentos <strong>em</strong>eses, deixando de ser uma situação<strong>em</strong> que a mediação poderia ser uminstrumento.Esse momento deve serobservado como uma probl<strong>em</strong>atizaçãoda própria vivência, daresponsabilidade que t<strong>em</strong>os pornossas escolhas, é o momento decriar e recriar valores. Longe de quererminimizar a probl<strong>em</strong>ática trabalhadano Programa, pod<strong>em</strong>os perceber quea crise existencial é, então, apossibilidade que se opõe à angústiado existir, que levaria a transvalorizaro existir, como observa BarbaraAndrew:A crise existencial é maisfreqüent<strong>em</strong>ente vista como apercepção de que cada indivíduo deveagir por si mesmo, tomar suaspróprias decisões e assumirresponsabilidade por suas própriasdecisões e ações − sozinho, s<strong>em</strong> aajuda dos pais ou do significado prédadodos costumes religiosos ousociais. Isso cria ansiedade enorme,muitas vezes, a paralisia. De repente,ninguém sabe mais o que fazer, masdeve decidir. Para Beauvoir, esta criseenvolve também o probl<strong>em</strong>a do outro.

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