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Sexualidad y Política en América Latina - Sexuality Policy Watch

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lando, o cli<strong>en</strong>te <strong>en</strong>com<strong>en</strong>da os serviços de uma determinada prostituta após ter<br />

visto suas informações de contato na internet, no jornal, numa revista, num panfleto<br />

colado num orelhão ou após recebê-las de terceiros. A prostituta pode estar<br />

trabalhando indep<strong>en</strong>d<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te, por si só, ou pode participar de uma agência,<br />

que disponibiliza suas informações de contato em troca de um pagam<strong>en</strong>to ou<br />

uma porc<strong>en</strong>tagem do programa. A prostituta vai, <strong>en</strong>tão, até o local de <strong>en</strong>contro<br />

escolhido pelo cli<strong>en</strong>te (tipicam<strong>en</strong>te a casa ou hotel dele), faz os serviços e é paga<br />

na hora. A quantidade recebida varia por duração de programa (duas horas, tipicam<strong>en</strong>te,<br />

mas por hora e por noite também), em geral de R$ 50 a R$ 150 por hora.<br />

Tipicam<strong>en</strong>te, a prostituta também ganha uma quantidade adicional para cobrar<br />

suas despesas de viagem de táxi (R$ 30 a R$ 50). Segue abaixo uma amostra dos<br />

preços cobrados para serviços de call girl no Rio de Janeiro (como sempre, os nomes<br />

das agências, lugares e ag<strong>en</strong>tes apres<strong>en</strong>tados nessa seção foram modificados<br />

para proteger o anonimato):<br />

Katia Scort, jan./2008: R$ 100 por 2 horas; R$ 300 por noite; R$ 30 p/táxi<br />

KGB Plus, out./2006: R$ 300 (tempo não especificado); R$ 50 p/táxi<br />

Show de Scort, jun./2006: R$ 100; R$ 30 táxi<br />

Hotties.com, jul./2008: R$ 250 por 2 horas; incl. táxi<br />

Kris models, fev./2008: R$ 100 por 2 horas; R$ 50 p/táxi<br />

Mader models, jan./2008: R$ 150 por 2 horas; R$ 35 p/táxi<br />

Número num orelhão, jun./2006: R$ 50 por hora<br />

Número através do jornal, jun./2006: R$ 60 por hora<br />

Embora muitas vezes qualificada como uma espécie “superior” de prostituição<br />

(provavelm<strong>en</strong>te porque é removida dos olhos do público), nossas pesquisas indicam<br />

que o trabalho de call girl pode ocultar um dos maiores taxas de exploração. De<br />

acordo com um de nossos informantes, as mulheres que trabalham para agências,<br />

além de devolver 50% do preço do programa à agência, também pagam uma taxa<br />

de até R$ 500 por mês para serem listadas em seu book ou site. Como dizia um dos<br />

nossos informantes cli<strong>en</strong>tes, amigo de várias garotas de programa:<br />

No Kris Models, as m<strong>en</strong>inas precisam pagar os primeiros R$ 400 ganhos toda semana<br />

para a agência e, após isto, elas dividem o preço do programa, meio a meio,<br />

com a agência. Então, vamos imaginar que uma das m<strong>en</strong>inas de Kris faz 10 programas<br />

por semana, por R$ 100 cada. Kris Models ganhará os primeiros R$ 400<br />

e 50% do que sobrou, deixando a m<strong>en</strong>ina com som<strong>en</strong>te R$ 300 para seu labuto.<br />

Presumindo 10 programas de R$ 100 por semana, <strong>en</strong>tão, a taxa de exploração<br />

deste tipo de serviço sexual pode superar 70%. Isto quer dizer que o grosso da re-<br />

216 Sessão 3 – <strong>Sexualidad</strong>e e economia: visibilidades e vícios

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