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IGREJA LUTERANA<br />
TERCEIRO DOMINGO APÓS EPIFANIA<br />
122<br />
Setuagésima<br />
Salmo 92.1-7, Êxodo 15.1-13 (14-18), Efésios 1.15-23, Mateus<br />
8.23-27<br />
Mateus 8.23-27<br />
A ênfase desse período do ano da igreja é, especialmente, voltada<br />
para a missão. Assim como Jesus revelou seu poder e glória na<br />
sua época, somos chamados a proclamar isso ao mundo todo. Principalmente<br />
em uma época de tão grande turbulência. Todas as estruturas<br />
de nossa sociedade estão abaladas. Tudo aquilo que nos foi ensinado<br />
como certo e seguro tem se revelado como incerto e instável.<br />
Hoje não há mais a famosa divisão entre países ricos e emergentes.<br />
Não há mais lugar seguro, não há mais garantia de futuro e estabilidade.<br />
A palavra de ordem é turbulência. Assim, a Epifania de Jesus<br />
torna-se urgente, pois só ele pode trazer estabilidade em um mundo<br />
que caminha para o caos social, político e econômico.<br />
É num contexto parecido com o nosso que Jesus se manifesta ao<br />
mundo. Se, por um lado, a “paz” imposta pelo Império Romano trazia<br />
relativa tranquilidade a alguns, a opressão, a miséria e o preconceito<br />
destruía a vida de muitos. Ali Jesus se revela na vida de muitas pessoas<br />
desesperadas e desanimadas. Essa Epifania acontece quando<br />
Jesus vai ao encontro de pecadores, leprosos, possessos, pobres e<br />
outros sofredores. Ele demonstra seu poder e glória divinos. Cristo<br />
manifesta através dos sinais e do perdão que Ele é a única esperança<br />
para aquelas pessoas e para o mundo inteiro.<br />
O contexto do evangelho desse dia traz essa manifestação na<br />
vida de muitas pessoas. Logo após o Sermão do Monte, Jesus começa<br />
sua peregrinação pela região: no capítulo 8 encontra-se com um<br />
leproso, um centurião romano, a sogra de Pedro entre outros tantos.<br />
Tudo corria bem, as multidões viam as maravilhas de Jesus e queriam<br />
segui-lo, não para serem discípulos, mas para receberem as bênçãos<br />
que ele tinha a oferecer. É nesse contexto que se desenrola o relato<br />
da travessia do mar da Galiléia.<br />
Esse relato também faz parte da revelação de Jesus como Senhor.<br />
Aqui os discípulos aprendem uma lição árdua: seguir Jesus não significa<br />
apenas ver seus prodígios e gozar da fama dele. Ao permitir que<br />
seus discípulos enfrentem a tempestade, Jesus lhes mostra que não<br />
basta estar ao seu lado, mas que é preciso confiar e buscar o seu<br />
auxílio. Ele ensina que os seus discípulos não diferem dos outros,