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IGREJA LUTERANA<br />

um bom número de congregações da LCMS não concordam com essa<br />

prática. Se por um lado é possível que haja apenas alguns poucos<br />

pastores e congregações que estão dispostos a questionar aberta<br />

e verbalmente a posição sobre a comunhão fechada, é também significativo<br />

o número de congregações e pastores que na verdade<br />

estão praticando, o que melhor pode ser descrito como “comunhão<br />

funcionalmente aberta”. Claro, é necessário apresentar uma definição<br />

de comunhão funcionalmente aberta. A prática da Santa Ceia de<br />

uma igreja é funcionalmente aberta quando a determinação de quem<br />

é um comungante apropriado (e não simplesmente um comungante<br />

“digno”) é deixada exclusivamente nas mãos do indivíduo que pretende<br />

comer e beber, e quando a preocupação da igreja é limitada à<br />

dignidade do indivíduo, sem consideração mais profunda sobre a<br />

confissão daquele pessoa 3 . Em outras palavras, professar concordância<br />

com a idéia da comunhão fechada é irrelevante se a prática<br />

deixa ao encargo dos indivíduos a determinação sobre se eles deveriam<br />

comungar ou não.<br />

II. O PASTOR COMO DESPENSEIRO DOS MISTÉRIOS DE DEUS<br />

A solução simples para o problema da comunhão funcionalmente<br />

aberta é redeclarar e reafirmar o papel da congregação e de maneira<br />

especial do seu pastor na supervisão da celebração do Sacramento.<br />

Isto significa que uma das principais influências por detrás de muitas<br />

congregações que praticam a comunhão funcionalmente aberta é, na<br />

realidade, o descrédito do Ofício do Ministério Pastoral, muitas vezes<br />

gerado pelos próprios pastores. As sedes doctrinae pertinentes são 1<br />

Coríntios 4.1: “Assim, pois importa que os homens nos considerem como<br />

ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus”, e Atos 20.28:<br />

“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre qual o Espírito Santo vos<br />

constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou<br />

com o seu próprio sangue”. Como se poderia esperar, as Confissões<br />

Luteranas reforçam o papel do pastor como o instrumento escolhido<br />

por Deus para administrar os sacramentos. O Artigo V da Confissão<br />

de Augsburgo de fato conecta o artigo da justificação ao Ofício da<br />

Pregação: “Para conseguirmos essa fé, instituiu Deus o ofício da pregação,<br />

dando-nos o evangelho e os sacramentos” [Livro de <strong>Concórdia</strong>,<br />

Confissão de Augsburgo V, p.30.1]. Além disso, o Artigo XXVIII<br />

3 Essa distinção é muito bem explicada e aplicada no Documento Admissão à Santa Ceia,<br />

pp.41-48, cujo endereço eletrônico está na nota anterior.<br />

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