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IGREJA LUTERANA<br />
precisa educar seu povo sobre a importância do Sacramento em muitos<br />
níveis e particularmente precisa enfatizar os aspectos corporativos<br />
e confessionais do Sacramento que estão presentes junto com a comunhão<br />
individual com Cristo. Basicamente, o alvo é ajustar a cultura<br />
da igreja da forma que pessoas gentis sejam aptas a reconhecer que<br />
uma pessoa não deveria esperar comungar em todo e qualquer altar<br />
onde ele porventura esteja presente. Convidados não abusam da hospitalidade<br />
de seus hospedeiros ou simplesmente esperam ser tratados<br />
assim como aqueles que já fazem parte da comunidade onde eles<br />
estão presentes. Curiosamente, pessoas parecem ser completamente<br />
capazes de aceitar este fato em muitas outras áreas. Convidados em<br />
country clubes, eventos de negócios e cerimônias militares, reconhecem<br />
e aceitam o fato de que alguns aspectos destas ocasiões são<br />
somente para aqueles que fazem parte daquela comunidade. Esta distinção<br />
é entendida mesmo dentro da vida da igreja. Por exemplo, um<br />
visitante presente numa cerimônia de batismo certamente não iria<br />
pensar que fosse apropriado trazer seu próprio filho imediatamente à<br />
pia batismal para que ele também pudesse participar nas atividades<br />
da comunidade, e nem o pastor e os que estivessem sentados próximos<br />
ao visitante o encorajariam para que fizesse isso. Esse processo<br />
de reeducação, necessariamente, progredirá lenta e sensivelmente,<br />
mas onde despenseiros fiéis estão honrando o chamado do Senhor,<br />
ele deveria começar.<br />
Um pastor agindo como despenseiro dos mistérios de Deus é um<br />
sine qua non para uma prática aceitável do Sacramento. Tanto pastores<br />
como membros, contudo, demasiadas vezes trivializam essa função<br />
de despenseiro e a reduzem à tarefa de contar cálices ou hóstias<br />
para garantir que não haverá faltas embaraçosas durante a distribuição.<br />
Por outro lado, a função de despenseiro pode ser entendida como<br />
encontrar formas criativas para “agilizar” a liturgia sacramental e a<br />
distribuição, para que possa ser feita mais eficientemente e dentro<br />
dos limites da sagrada “regra dos 60 minutos”; isto é considerado<br />
necessário para satisfazer as necessidades de um visitante hipotético<br />
que é, como muitas vezes parece, o centro inconsciente e não reconhecido<br />
de todo o evento do culto. Administração que é marcada por<br />
um sério esforço para elevar o significado sacramental e assegurar<br />
sua distribuição somente àqueles que fazem parte da comunidade de<br />
fé naquele lugar, é uma tarefa difícil. Mas a dificuldade não é meramente<br />
a dura realidade de relacionamentos tensos ou a ameaça de ser<br />
considerado um “valentão” (bully), ou um teimoso e intolerante. Não,<br />
o que faz esse tipo de administração fiel ser extremamente difícil, se<br />
não completamente rara, é que, além das preferências pessoais, exi-<br />
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