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IGREJA LUTERANA<br />
Vv. 6,7: “Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e<br />
ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura,<br />
porque não havia lugar para eles na hospedaria”.<br />
A simplicidade do relatório, sem dúvida, pode indicar a inspiração<br />
divina. Fosse só motivação e desejo humanos, a descrição estaria<br />
carregada de adjetivos laudatórios de louvor à glória do milagre. Lucas,<br />
porém, se limita a simplesmente descrever o acontecimento que traduz<br />
o cumprimento de incontáveis profecias do AT e da fé e confiança<br />
de todos os crentes até então. O Deus-homem que repousa como o<br />
filho primogênito de Maria é, ao mesmo tempo, o milagre absoluto e o<br />
mais inestimável dos benefícios e presentes: Deus e homem, a antiga e<br />
a nova aliança, céu e terra, encontram-se na pobre manjedoura. Quem<br />
nega essa fé e essa confiança, jamais poderá entender a verdadeira<br />
alegria do Natal.<br />
Vv. 8-12: “Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos<br />
campos [...] E um anjo do Senhor desceu onde eles estavam [...] O anjo,<br />
porém, lhes disse: Não temais [...] é que hoje vos nasceu o Salvador, que<br />
é Cristo, o Senhor. E isso [...] encontrareis uma criança envolta em faixas<br />
e deitada em manjedoura”.<br />
Não foram os grandes e poderosos das nações, nem a arrogante<br />
Jerusalém, que foram escolhidos para abrigar os acontecimentos maravilhosos<br />
que envolveram o nascimento de Jesus, porém a pequena<br />
Belém e os solitários pastores nos campos. Foi uma inesperada e<br />
solene aparição de “um anjo do Senhor”, quando a glória do Senhor<br />
“brilhou” ao redor dos pastores. E temeram, como qualquer pecador<br />
teme na presença da glória de Deus. O temor, porém, transformou-se<br />
em alegria diante da mensagem que resume a substância do Evangelho:<br />
“[...] hoje vos nasceu [...] o Salvador, que é Cristo, o Senhor”.<br />
Vv. 13-20: “E subitamente [...] Glória a Deus nas maiores alturas, e<br />
paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem [...]. E, ausentandose<br />
[...] os anjos [...] diziam os pastores: Vamos [...] e vejamos [...].<br />
Foram e acharam. E, vendo-o, divulgaram [...] Todos se admiravam [...].<br />
Maria, porém, guardava todas essas palavras, meditando-as no coração.<br />
Voltaram [...] os pastores [...] glorificando e louvando a Deus [...]”.<br />
Desde então, o canto da milícia celestial acompanha liturgias e<br />
poemas sacros, de geração em geração, até nossos dias. Os pastores,<br />
assim que viram confirmadas as palavras do anjo, tornaram-se<br />
missionários, divulgadores da mensagem de Natal. É impossível para<br />
o cristão não evidenciar em palavras, ação e obras, a fé que toma<br />
conta de seu coração quando ele encontra e vê Jesus no Evangelho.<br />
A história dos pastores causou um grande tumulto em Belém e todos<br />
ficaram admirados, sendo o primeiro efeito da mensagem evangélica.<br />
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