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IGREJA LUTERANA<br />

DESTAQUES DO TEXTO<br />

“Um jumentinho” – a cena evoca textos do Antigo Testamento.<br />

Primeiramente, Gn 49.11, uma profecia messiânica associada à tribo<br />

de Judá; depois, a referência mais específica ao evento, em Zc 9.9. Na<br />

cena há realeza ao mesmo tempo que humildade. Esta tensão fica<br />

evidenciada no ministério de Jesus e, especialmente, nos eventos da<br />

semana santa, iniciados pela assim chamada “entrada triunfal”. A<br />

verdadeira realeza e glória se manifestará na cruz!<br />

Há a referência específica ao fato do jumento não ter sido nunca<br />

montado. O mesmo evangelista Lucas, após o relato da morte de<br />

Jesus, faz referência ao túmulo no qual o Senhor seria sepultado. O<br />

evangelista se refere a ele como um túmulo “onde ainda ninguém<br />

havia sido sepultado” (23.53). Tanto o jumento, que nunca havia sido<br />

montado, como o túmulo, que não fora ainda usado, são separados<br />

para um uso muito especial, ou seja, para serem usados pelo Rei. No<br />

Antigo Testamento há referências ao uso de animais novos para um<br />

uso sagrado. Por exemplo, há o relato dos atemorizados filisteus,<br />

que ao devolverem a arca da aliança para Israel preparam um carro<br />

novo, a ser puxado por vacas “sobre as quais não se pôs ainda jugo”<br />

(1 Sm 6.7; ver também: Nm 19.2; Dt 21.3).<br />

Pode-se observar uma possível ambiguidade no texto grego do<br />

relato da busca do jumentinho para ser usado por Jesus: o‘ ku,rioj<br />

auvtou/ crei,an e;cei:“o Senhor tem necessidade dele”; mas o texto<br />

também poderia ser lido: “O seu (do jumentinho) Senhor tem<br />

necessidade”. Ainda que a primeira tradução seja a preferida pelas<br />

versões e comentaristas, pode-se notar um contraste entre 19.33<br />

(“os senhores dele”), numa referência aos donos do animal e 19.31,34,<br />

na referência a Jesus. A expressão evoca no leitor a lembrança de<br />

que Jesus é o Senhor de tudo, também daquele jumentinho. Isto<br />

também fica evidenciado na própria forma como Jesus antecipa o que<br />

acontecerá quando os discípulos forem buscar o animal. Os<br />

acontecimentos que seguem estão dentro de um projeto, um plano<br />

divino, para o qual instrumentos humanos (e não humanos) são<br />

utilizados.<br />

Há um reconhecimento da realeza de Jesus na referência ao lançar<br />

das vestes pelo caminho (v. 36). O fato lembra o que fizeram algumas<br />

pessoas diante de Jeú, quando este foi ungido rei (2 Rs 9.13). Chama<br />

a atenção que não haja a referência aos ramos, mencionados nos<br />

outros relatos dos Sinóticos (cf. Mt 21.8; Mc 11.8).<br />

Tornou-se um tanto popular o comentário: “os mesmos que<br />

aclamaram Jesus na sua entrada em Jerusalém são os que iriam pedir<br />

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