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IGREJA LUTERANA<br />
SANTÍSSIMA TRINDADE<br />
Primeiro Domingo após Pentecostes<br />
SALMO 148, ISAÍAS 6.1-8, EFÉSIOS 1.3-14, JOÃO 3.1-8 OU MATEUS<br />
28.16-20<br />
212<br />
MATEUS 28.16-20<br />
O culto deste dia, em seu conjunto, deverá motivar a comunidade<br />
a descobrir momentos em que o seguimento da ordem de Jesus (Mt<br />
28.19ss.) se torna realidade no seu cotidiano, bem como as inúmeras<br />
possibilidades de segui-la na vida diária em suas várias dimensões:<br />
familiar, individual, comunitária, etc.<br />
A pregação de Jesus está repleta de ordens, mandamentos: “Amarás<br />
o teu próximo como a ti mesmo”; “Deixai vir a mim os pequeninos”;<br />
“Quando orardes, deveis dizer Pai Nosso [...]”; “Segue-me”. Poderia<br />
ser resumida em uma única ordem, que abrange todas as demais:<br />
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em<br />
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar<br />
todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt 28.19ss.). Certa vez,<br />
um oficial romano veio a Jesus e lhe pediu que curasse seu servo<br />
doente com uma só palavra, assim como faz um oficial militar ao dar<br />
ordens a seus subordinados. A resposta de Jesus não foi: “Então que<br />
aconteça assim como creste!”, mas: “Em todo Israel não encontrei fé<br />
igual a esta”. Jesus quer ser reconhecido por seus mandamentos,<br />
quer que creiamos naquilo que ordena e confiemos que está conosco<br />
“todos os dias até a consumação do século”.<br />
Muita gente se incomoda com as ordens de Jesus. Supõem estar<br />
sendo tratadas como um regimento militar, ou como pessoas incapazes<br />
de tomar suas próprias decisões. Em muitas ocasiões no passado,<br />
os mandamentos de Jesus foram usados para respaldar poderes<br />
opressivos, algo que com frequência ocorre hoje em dia. De um modo<br />
geral, não são tantas as pessoas atualmente que obedecem ordens<br />
de bom grado. A autodeterminação e o livre arbítrio são virtudes cardinais<br />
da modernidade. Decidir sobre a própria vida tornou-se um “direito<br />
humano” e quanto mais opções de escolha se tem, tanto melhor<br />
é a vida – dizem. Respiramos e transpiramos tanta democracia que,<br />
de antemão, tudo aquilo que cheira a livre escolha parece ser bom e<br />
tudo aquilo que nos obriga ou ordena algo parece ser mau.<br />
Por diversas razões, é bom que seja assim. Contudo, não é sufici-