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IGREJA LUTERANA<br />

Na conclusão deste trabalho, parece-nos importante um olhar crítico<br />

para a própria realidade dos luteranos, entre os quais este autor<br />

está incluído. Como se viu acima, algumas das principais idéias pósmilenaristas,<br />

especialmente do ramo reconstrucionista, são<br />

consequências de um teologia que enfatiza a lei como a palavra última<br />

e definitiva para guiar a vida da igreja no mundo. 76 Isto poderia<br />

parecer, à primeira vista, uma garantia de que luteranos facilmente<br />

evitariam ser pós-milenaristas. Entretanto, a realidade dos planos<br />

adotados pela igreja podem estar apontando para resultados que<br />

não são logicamente dependentes da teologia luterana. Antes de olharmos<br />

um pouco mais para esta questão de ordem prática, é importante<br />

observar um outro aspecto no pós-milenarismo. Trata-se de uma<br />

visão pessimista (apesar de seu caráter de forma geral otimista), especificamente<br />

no que se refere à igreja das eras anteriores à atual.<br />

Ele se apresenta como um chamado para a igreja estar atenta para<br />

sua missão e tornar-se mais ativa naquilo que ela deveria estar fazendo,<br />

mas não está, ou pelo menos não na medida que o Senhor<br />

espera.<br />

Um teste para planos e projetos contemporâneos de igrejas cristãs<br />

(também de igrejas luteranas) seria perguntar se estão sendo<br />

lançados de uma maneira que tratam as ações do passado como sendo<br />

sempre ineficientes ou insuficientes dentro da fidelidade que se<br />

espera do povo de Deus no mundo. Ou se ao lançar planos de trabalho,<br />

a igreja parece implicar que os novos projetos causarão uma verdadeira<br />

revolução no futuro, coisa jamais realizada por trabalhos anteriormente<br />

feitos. Se porventura é isto em última análise que projetos<br />

atuais estão comunicando (ainda que implicitamente), não seriam<br />

eles tipicamente pós-milenaristas na sua avaliação do passado e na<br />

expectativa para o futuro? Se a realidade da igreja por décadas mostra<br />

uma determinada realidade, o que dizer de planos que projetam<br />

ter resultados qualitativa e quantitativamente superiores em um breve<br />

espaço de tempo? Mesmo se nestes planos uma ênfase na palavra<br />

e sacramentos é referida como a base para os esforços da igreja,<br />

não seria verdade que ao final o que realmente estaria contando seriam<br />

os resultados atingidos?<br />

Planos práticos oriundos de uma teologia luterana sempre estarão<br />

centralizados na pregação do evangelho e administração dos sa-<br />

76 Chilton deixa isto muito claro quando argumenta que “os profetas anunciaram o futur<br />

o a fim de estimular uma vida piedosa. O propósito da profecia é ético“ (155, ênfase de<br />

Chilton).<br />

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