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IGREJA LUTERANA<br />

dos quais o fariseu parece acusá-los. O maior pecado deles era serem<br />

incrédulos. Jesus interessou-se por eles e, vários deles, ouvindo<br />

o seu ensino, reconheceram nele o Messias.<br />

“Ó Deus, sê propício a mim, pecador.” - Esta expressão, “sê propício”<br />

(ilastêti), possui um profundo significado. Encerra a doutrina central<br />

da Bíblia, de que Deus está irado com o pecado e precisa ser<br />

pacificado por um sacrifício oferecido em favor do pecador. O publicano<br />

revela, em sua oração, ter compreendido que todo o sistema de sacrifícios<br />

do Antigo Testamento apontava para o sacrifício vicário de Cristo<br />

pelos pecadores. Ele esperava nesta “propiciação” – aplacação da<br />

ira divina pelo sacrifício de Cristo.<br />

“batia no peito” – Na oração, os judeus usualmente cruzavam as<br />

mãos sobre o peito e fechavam os olhos. Mas o publicano descruza os<br />

braços e bate no peito – como só se fazia em extrema angústia. Ele<br />

sabe que seu problema é muito grave e reside exatamente ali, dentro<br />

do peito – no coração. “O coração dos homens está cheio de maldade”<br />

(Ec 9.3; Cfe.: Mt 15.17-20; Lc 16.15; Pv 21.2). Mas ele também<br />

sabia que não era a sua confissão ou o bater no peito que o tornavam<br />

merecedor da compaixão e do perdão de Deus. A sua salvação<br />

estava num Deus “propício”.<br />

V. 14: Que o publicano entendeu a doutrina da justificação pela fé,<br />

evidencia-se também no veredicto do Salvador: “este desceu justificado<br />

(dedikaiomenos) para sua casa”. O fariseu voltou para casa com<br />

os pecados aumentados e radiografados pela sua exibição à plena<br />

luz do templo; o publicano, no mesmo templo, encontrou “descanso à<br />

sombra do Onipotente” (Sl 91.1). Isto está em acordo com o Salmo do<br />

dia: “O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humildes; os soberbos,<br />

ele os conhece de longe” (Sl 138.6), e com a Epístola: “Deus<br />

resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1<br />

Pe 5.5).<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Como em outros textos que tratam da justificação pela fé, o pregador<br />

é tentado a desmerecer tanto as boas obras que poderá parecer<br />

ao ouvinte que elas são realmente desnecessárias e desprezíveis.<br />

Não há nada de errado com as boas obras, senão com a falsa<br />

segurança a que elas podem conduzir quem compara as suas obras<br />

com as do próximo, através de sua própria vidraça suja de orgulho e<br />

presunção. Um crítico disse que tinha ido em muitas igrejas e tinha<br />

ouvido o pastor dizer: “não tente impressionar a Deus com suas boas<br />

obras”, “não tente agradar a Deus com os seus méritos”, ou ainda:<br />

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