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APROXIME-SE DO ALTAR: UMA REFLEXÃO SOBRE A TEOLOGIA E PRÁTICA DA SANTA CEIA<br />

gências relacionais e pressão social, está envolvida a teologia. O raciocínio<br />

e argumentação de muitos que resistem ou rejeitam completamente<br />

a prática da comunhão fechada está baseada em mais do que<br />

em sentimentos ou medo; trata-se de uma questão de teologia. De<br />

fato, alguns insistiriam que a boa teologia luterana na verdade exige a<br />

prática da comunhão aberta. O argumento é que o evangelho de Cristo<br />

está disponível para todos e o papel do despenseiro é administrá-lo<br />

para todos. Certamente, tal raciocínio deveria se aplicar à Ceia do Senhor.<br />

Assim nós chegamos ao que eu creio ser o cerne da questão e<br />

que provoca esse tipo de debate passional e amargo sobre práticas<br />

de comunhão apropriadas em nossas igrejas. O problema central perturbando<br />

a unidade no entendimento e prática da Santa Ceia é uma<br />

confusão e uso equivocado do paradigma de lei e evangelho.<br />

IV. O USO INADEQUADO DO PARADIGMA DE LEI E EVANGELHO<br />

Os luteranos que foram fortemente influenciados por uma densa<br />

atmosfera de “somente a graça” e “o evangelho deve predominar”<br />

têm sido condicionados a desconfiar de qualquer coisa que é percebido<br />

como lei ou que mesmo remotamente possa parecer que seja lei.<br />

Se é lei deve ser ruim. Obviamente, estabelecer e aderir a critérios<br />

sobre quem pode e quem não pode participar da Santa Ceia, carrega<br />

consigo mais do que apenas um pouco de cheiro de lei. A aversão a<br />

tais idéias legalistas se torna ainda maior no caso da Santa Ceia pelo<br />

fato de que o Sacramento é um meio da graça dado por Deus. É puro<br />

evangelho: é a entrega do perdão, comprado com o sangue de Cristo,<br />

para pecadores indignos, sem merecimento e humildes que vêm ao<br />

altar com as mãos vazias e corações quebrantados. Contaminar o sagrado<br />

evangelho com a lei impura é inconcebível. Assim é que aqueles<br />

que defendem uma prática mais aberta da Santa Ceia são muitas vezes<br />

vistos como aqueles que seguem o caminho certo e que mais completamente<br />

entendem e valorizam a realidade do evangelho. Naturalmente,<br />

a implicação disto para aqueles que insistem na prática da comunhão<br />

fechada é que serão considerados ignorantes ou, até mais<br />

horrivelmente, tratados como simplesmente fariseus arrogantes que<br />

amam a tradição e a “doutrina” mais do que as pessoas e o evangelho.<br />

Por conseqüência, se alguém vai defender a comunhão fechada<br />

como a prática correta dos despenseiros fiéis que amam seu Senhor,<br />

sua congregação e os perdidos, então se deve considerar este aparente<br />

conflito entre lei e evangelho.<br />

Claramente, tocamos agora numa área da teologia mais crítica, mais<br />

ampla e até mais fundamental do que a própria doutrina do Ofício do<br />

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