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IGREJA LUTERANA<br />

especialmente com relação à maneira como alguém pensa sobre a vida<br />

de obediência cristã e o lugar e a necessidade de boas obras.<br />

É essencial reconhecer que a prática da Santa Ceia de uma congregação<br />

é moldada por ambas as espécies de justiça. Certamente, a<br />

recepção do Sacramento é a ação de Deus em entregar o evangelho<br />

por excelência. Esta é a justiça passiva diante de Deus em toda sua<br />

gloriosa e inexplicável graça. Contudo, a justiça cristã diante do mundo,<br />

a qual é diante das outras pessoas, também entra em cena. Aqui é<br />

importante relembrar que a congregação e seu pastor são considerados<br />

responsáveis pela prática correta da Ceia do Senhor. Em consideração<br />

aos semelhantes, eles devem cuidar para que o Sacramento<br />

seja celebrado e recebido de forma apropriada. Assim, a congregação<br />

que entende corretamente a Santa Ceia como dádiva de Deus e como<br />

sua celebração de unidade com Deus e um com o outro, estabelecerá<br />

diretrizes e orientações para a celebração correta que manterá e ensinará<br />

a verdade sobre o Sacramento. Em outras palavras, uma prática<br />

conscienciosa e séria da comunhão fechada não é antitética ao evangelho,<br />

mas é de fato necessária e dá apoio ao evangelho e sua comunicação<br />

graciosa.<br />

Um pastor agindo como despenseiro dos mistérios de Deus está<br />

agindo em favor do evangelho, sua congregação e o visitante do culto<br />

quando ele pratica a comunhão fechada. Todos serão beneficiados<br />

quando a vontade de Deus para o Sacramento é seguida. Naturalmente,<br />

esta verdade é mais do que um pouco contrária à nossa intuição.<br />

Mesmo que nem todos possam alegremente reconhecer ou apreciar o<br />

valor de uma prática de comunhão fiel e cuidadosa, a vontade revelada<br />

de Deus deve sempre ser seguida, mesmo quando os resultados<br />

imediatos pareçam menos do que encorajadores e satisfatórios. A situação<br />

não é muito diferente do ministério pastoral em relação a um<br />

casal que mora junto. Poderia argumentar-se que o evangelho deve<br />

predominar e que qualquer tentativa de aplicar o corretivo da lei resultará<br />

somente no afastamento e na separação do casal. Assim, o pastor<br />

“orientado pelo evangelho” iria ignorar a violação da lei de Deus<br />

(isto é, a vontade de Deus!) e procederia com um plano de ação mais<br />

“amoroso”. É claro que esse tipo de comportamento não seria nada<br />

mais do que um antinomismo óbvio, com todas as suas conseqüências,<br />

às vezes distantes, mas sempre desastrosas. Quando se impede a<br />

vontade de Deus, a criação de Deus sempre sofre. Motivações evangélicas<br />

não redimem uma escolha pecaminosa. Além disso, não se pode<br />

deixar de questionar se o medo não é uma motivação tão grande em<br />

tais situações como o alegado amor pelo evangelho. A mesma questão<br />

se aplica com força idêntica na presente discussão sobre a prática<br />

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