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as quais não vê fim [AE Prefácio 15; AE II IV 15]. [...]<br />

Os reformadores estão convencidos de estarem vivendo<br />

nos últimos tempos. 65<br />

A teologia luterana tem uma ênfase escatológica bem definida. O<br />

amilenarismo presente na teologia luterana desafia tanto os pontos<br />

de vista pré-milenarista (histórico e dispensacional) como o pósmilenarista.<br />

E esta crítica não está relacionada apenas à maneira como<br />

a volta de Cristo e os “mil anos” estão relacionados.<br />

Teólogos luteranos normalmente entendem que estamos já vivendo<br />

nos últimos dias ou, em outras palavras, no milênio. O que é característico<br />

deste tempo é que a igreja já vive na presença graciosa de<br />

Deus, em Seu reino, mas ainda espera a plena manifestação deste<br />

reino com a presença visível de Cristo, que acontecerá em um evento<br />

único da segunda vinda. O “já” da equação se refere a dois aspectos<br />

que este trabalho sugere serem características distintivas da<br />

escatologia luterana.<br />

3.1. A Justificação e a Presença do Reino<br />

É digna de consideração a acusação feita por Judisch, de que os<br />

milenaristas “tiraram o cetro da justificação por graça através da fé<br />

em Cristo e entronizaram em seu lugar a realização do reino de Deus<br />

como o tema predominante da Escritura”. 66 Visto que o reino de Deus<br />

também se tornou um tema central para alguns teólogos luteranos, 67<br />

poder-se-ia perguntar até que ponto a crítica de Judisch também se<br />

aplicaria a estes estudos. A teologia luterana entende o reino de Deus<br />

como Sua ação graciosa de aplicar os méritos de Cristo ao pecador,<br />

para perdão dos pecados. E isto é concedido por Deus através de<br />

Sua palavra e sacramentos. O milenarismo em suas diversas formas<br />

substituiu aquela ênfase por outras: “Progresso moral (pósmilenarismo<br />

e liberalismo protestante), ou arrebatamento e fuga (prémilenarismo<br />

dispensacional e fundamentalismo), ou um reino político<br />

deste mundo (marxismo, capitalismo, etc.) todos se tornam as muito<br />

esperadas utopias que se colocam fora da igreja”. 68<br />

65 Fagerberg, A New Look at the Lutheran Confessions, 297.<br />

66 Judisch, “Postmillennialism and the Augustana”, 161.<br />

POR QUE LUTERANOS NÃO SÃO PÓS-MILENARISTAS?<br />

67 Ver: W. Pannenberg, Systematic Theology, vol. III. Traduzido por George W. Bromiley.<br />

Grand Rapids: Eerdmans, 1998; também: James W. Voelz, “The Kingdom of God and<br />

Biblical Eschatology”, What Does This Mean? Principles of Biblical Interpretation in the<br />

Post-Modern World. 2 ed. St. Louis: Concordia, 1997.<br />

68 Nichols, “Sectarian Apocalypticism”, 328.<br />

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